A uva-passa é um pequeno fruto que divide opiniões, principalmente quando chega o Natal. Afinal, há quem ame e quem odeie esse que é um dos ingredientes mais comuns nas ceias natalinas. E por isso, é muito as discussões: coloca ou não uva-passa no arroz, na farofa, no salpicão? Deixando a controversa de lado, a uva-passa carrega algumas curiosidades que talvez muita gente desconheça.
Apesar de muito consumida no Brasil, a produção do famoso fruto enrugado praticamente não existe no país, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Por aqui, existem pequenas produções feitas por poucas pessoas, e um dos motivos tem a ver com o nosso clima, mesmo o Brasil tendo muitos vinhedos.
Para a produção da uva-passa, as uvas são colhidas no auge de sua maturidade. Em seguida, começa o processo de secagem. É algo semelhante ao que acontece com o café. No caso da secagem natural, é preciso levar em consideração um fator muito importante: o clima ideal para fazer esse processo de desidratação é o desértico, que tem um calor muito forte e, ao mesmo tempo, umidade muito baixa. Por isso, a Turquia é um dos maiores produtores desse ingrediente no mundo. No Nordeste do Brasil, o clima é seco, porém, tem mais umidade que uma região desértica.
A alternativa, aqui, seria a secagem em fornos, porém, esses equipamentos têm um alto consumo da energia elétrica no Brasil - o processo dura cerca de 90 dias. Depois da desidratação, ao sol ou no forno, as uvas-passas são lavadas, centrifugadas e selecionadas.
De onde vem a uva-passa consumida no Brasil?
O Ministério da Agricultura não tem dados sobre a produção de uva-passa no Brasil. Entretanto, segundo a pasta, de janeiro a novembro de 2023, o país comprou milhões de toneladas de uva-passas - cerca de US$ 48,5 milhões.
Desse total, 67% veio da Argentina, que é o 10º produtor mundial de uva-passa do mundo. O país vizinho está atrás de Turquia, Estados Unidos, Irã, Grécia, Chile, África do Sul, Uzbequistão, Afeganistão e Austrália.
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