Meio ambiente

Eleições em BH: Rodrigo Paiva critica falta de planejamento contra enchentes

Candidato propõe a utilização da barragem Santa Lúcia para armazenamento de água da chuva, bem como outras obras para evitar alagamentos

Rodrigo Paiva é diretor-presidente licenciado da Prodemge | Foto: Uarlen Valério / O Tempo
Thaís Mota
24/09/20 - 15h00

Candidato à prefeitura de Belo Horizonte pelo partido Novo, Rodrigo Paiva aponta o problema das chuvas como sendo o mais urgente a ser tratado quando o tema é meio ambiente. O ponto de partida seria um estudo técnico para definição das principais obras a serem realizadas na capital.  

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“Belo Horizonte foi construída em cima de vários rios, e esses rios foram todos canalizados. Na época, essas galerias foram todas planejadas de acordo com as chuvas e enchentes à época. Hoje, entendemos que é preciso fazer um planejamento e um recálculo porque essas galerias não estão atendendo mais”, afirma.

Além disso, para que a cidade não volte a registrar imagens como as vistas em janeiro, Paiva tem como proposta a utilização da barragem Santa Lúcia para armazenamento de água da chuva, bem como a construção de outras bacias que possam acumular parte dessa água e evitar a chegada de um grande volume de uma só vez ao leito dos rios. 

“Eu e vou te dar um exemplo: eu moro aqui no Santo Antônio, e nós tivemos aqui na Prudente de Morais um cenário de guerra praticamente, com carros revirados e água jorrando para tudo quanto é lado. Mas, houve falta de planejamento porque já sabíamos das chuvas e nós temos a barragem Santa Lúcia, que foi construída exatamente para isso. Essa barragem deveria ter sido esvaziada, obviamente a partir das previsões das chuvas que estavam se encaminhando, e com as chuvas ela teria enchido novamente e não teríamos tido esse desastre. Então a gente entende que é preciso fazer um planejamento”, diz

Ele afirmou ainda que em algumas áreas da capital serão necessárias obras de infraestrutura para evitar alagamentos, mas que isso também seria definido por meio de estudos técnicos. Além disso, propôs também uma mudança no plano diretor de modo a incentivar que as novas construções prevejam em seus projetos sistemas de captação da água da chuva - o que também contribuiria para a redução do volume de água diretamente nos cursos dos rios.

“Talvez até regular isso através do plano diretor para que as novas obras tenham essa previsão de acúmulo de água e tentar viabilizar que construções antigas possam também ser incentivadas a criarem esses reservatórios individuais para diminuir a quantidade de água que chega às galerias fluviais”, afirma. 

Além da questão das chuvas, na área de meio ambiente, Paiva citou a melhoria da manutenção e preservação dos parques da capital, em parceria com a iniciativa privada e vislumbrando a exploração turística. Também falou sobre a ampliação de saneamento básico e de acesso à água tratada em 100% da capital e a limpeza da Lagoa da Pampulha. “Nós temos uma questão que é séria que é a Lagoa da Pampulha, que é patrimônio da humanidade e que recebe muito esgoto, principalmente de cidades vizinhas. Então é preciso de diálogo com as prefeituras que fazem parte da Grande BH para que consigamos resolver o problema de poluição da Lagoa”.