Pesquisa

Apresentado fóssil de ancestral de 3,6 mi de anos

‘Little Foot’, ou Pé Pequeno, foi encontrado na África do Sul e pode ajudar nos estudos evolutivos

Por Da Redação
Publicado em 07 de dezembro de 2017 | 18:36
 
 
O esqueleto do “Litte Foot” foi exibido ontem pela primeira vez Foto: MUJAHID SAFODIEN / AFP

Joanesburgo, África do Sul. Pesquisadores da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, na África do Sul, exibiram pela primeira vez o “Little Foot”, ou Pé Pequeno. Exames por datação de carbono indicam que o esqueleto tem 3,6 milhões de anos, e é considerado o mais completo fóssil de ancestral humano com mais de 1,5 milhão de anos. Os primeiros fragmentos foram encontrados em 1994, mas as escavações foram concluídas apenas em 2012.

“Esta é uma das mais importantes descobertas de fósseis na história das pesquisas sobre as origens humanas”, declarou o professor Ron Clarke, que em 1994 encontrou os primeiros fragmentos do esqueleto e, desde então, trabalha em sua reconstrução.

Little Foot foi encontrado nas cavernas Sterkfontein, a cerca de 40 km de Joanesburgo. Clarke identificou em 1994 pequenos fragmentos de ossos dos pés e das pernas incrustados em rochas removidas anos antes pela mineração. Três anos depois, ele retornou ao local e desceu para o subterrâneo das cavernas, em busca do resto do esqueleto. E o encontrou.

Os trabalhos de escavação foram concluídos apenas em 2012, quando os últimos elementos visíveis foram removidos da caverna. O esqueleto foi exibido somente agora, mais de 20 anos após a descoberta dos primeiros fragmentos, porque, durante esse período, Clarke e sua equipe trabalharam na escavação, limpeza e reconstrução do fóssil. O processo exigiu escavação extremamente cuidadosa no ambiente escuro da caverna.

O esqueleto recebeu o apelido de “Little Foot” porque a descoberta inicial foi de quatro pequenos fragmentos de ossos dos pés. Com a reconstrução quase completa do fóssil, Clarke acredita que novos conhecimentos surgirão sobre aparência, anatomia, comprimento dos membros e habilidades motoras de um de nossos ancestrais. Os resultados dos primeiros estudos serão publicados em breve numa série de artigos em revistas científicas.