Lama Sherab Drolma, 50, é professora do templo de budismo tibetano Chagdud Gonpa Khadro Ling, em Três Coroas, no Rio Grande do Sul.
Ela avalia que a novela “Joia Rara” talvez aponte um novo caminho para as pessoas. “Elas poderão se interessar pela filosofia budista que mostra como lidar com as emoções e a felicidade interna. Por outro lado, será muito difícil que uma novela possa transmitir princípios e ensinamentos tão complexos, de maneira correta e clara. Esse não é um processo rápido e nem fácil”.
Lama Sherab explica que tulku é um termo tibetano que significa reencarnação. “Nesse contexto, tulku é aplicado apenas para os mestres espirituais, pessoas que têm a capacidade de escolher o lugar, a família e as experiências que deseja viver em seu próximo renascimento. Ao contrário, as pessoas comuns vão renascer, mas em função do seu carma. Quando o corpo físico morre, a mente ou consciência sobrevive e reencarna em um novo corpo”.
Sidarta Gautama, o Buda, conseguiu se libertar desse ciclo, alcançou o estado de iluminação e deixou ensinamentos e métodos para mostrar que todas as pessoas podem atingir essa liberação.