Nascida em São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, a escritora Vera Lúcia Marinzeck, 66, médium, já publicou mais de 50 obras, com mais de 5 milhões de exemplares vendidos. Seu livro “A Mansão da Pedra Torta”, que já vendeu mais de 100 mil exemplares, ganha agora novo formato e capa.
Como foi o seu processo de descoberta do dom da psicografia? Desde menina, converso e vejo espíritos. Adulta, me tornei espírita e passei a estudar a doutrina. Frequentando o centro espírita, vim a saber que havia um trabalho de psicografia a fazer. Estudei muito e comecei a psicografar. Treinei nove anos consecutivos para escrever o primeiro livro, que foi “Reconciliação”, romance do espírito Antônio Carlos, no ano de 1992. Estava, na época, com 42 anos.
Quem é Antônio Carlos, o espírito que também ditou “A Mansão da Pedra Torta”, romance de suspense que narra a história de uma jovem, Ana Elizabeth, que, ao se mudar para uma mansão, descobre que ali foi brutalmente assassinada em outra existência? Antônio Carlos é um espírito muito querido e talentoso, que está no plano espiritual há muitos anos. Ele foi médico na sua última encarnação. Atualmente dedica-se à literatura espírita.
Trata-se de uma história verídica no plano terrestre? Sim. Às vezes, Antônio Carlos troca nomes e não identifica lugares, porque em muitas histórias ainda há personagens encarnados, o que poderia constrangê-los.
Qual a principal mensagem de “A Mansão da Pedra Torta”? É a reencarnação, a necessidade de nosso espírito voltar muitas vezes ao plano físico para progredirmos. O perdão também é um dos focos principais dessa história.
De alguma forma, os espíritos que se manifestam para a escrita têm alguma semelhança entre si ou com as mensagens que eles transmitem? Cada espírito tem seu estilo literário e uma mensagem a ser transmitida. Penso que não exista semelhança entre eles, mas sim no objetivo das mensagens. Isso porque todos os espíritos tentam nos lembrar dos ensinamentos de Jesus, como reencarnação, desencarnação, lei da ação e reação, benevolência e a necessidade de evoluirmos.
Na sua opinião, a humanidade sofre com situações do passado que desconhece por não acreditar ou não ter acesso à doutrina espírita? Não. A dor tenta nos alertar de que alguma coisa não está certa. O sofrimento muitas vezes nos leva a buscar uma compreensão maior. Ter conhecimento da doutrina espírita é ter o consolo e o entendimento, e isso nos faz compreender o porquê de sofrermos.
A jornalista Ana Elizabeth Diniz escreve neste espaço às terças-feiras. E-mail: anadiniz@terra.com.br
“A Mansão da Pedra Torta”
Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
Petit Editora
192 páginas
R$ 31,90