Pochete sai de cena e dá lugar à ‘necklace bag'

Quando o acessório surgiu, principalmente na última temporada internacional de verão masculina de grifes como Jacquemus, Prada, Fendi e Valentino, ele quase passou despercebido pendurado no pescoço dos modelos. Tratava-se dos primeiros passos de um híbrido de bolsa e colar que ninguém sabia se era um modelo pensado para usar em volta do pescoço ou apenas um artifício de styling, sugerindo uma nova forma de usar o acessório.

Mas, depois das pochetes e dos dad sneakers – aqueles tênis esportivos bem exagerados, sucesso dos anos 1990 –, a mini bolsa pendurada no pescoço alcançou o patamar dos fashionistas e invadiu as produções de moda, sendo clicadas também nos radares do street style. Aval suficiente para que a chamada “necklace bag” se firmasse como umas das novas tendências para a estação, tanto para mulheres quanto para homens.

Gui Mendes, estilista da Via Mia ao lado de Analice Leite, explica que o modelo lançado pela marca carioca foi pensado, sim, para ser usado no pescoço. “Mas, como entendemos que é uma tendência nova, nós desenvolvemos com alças reguláveis para que ela possa ser usada das duas maneiras: no pescoço ou atravessada, explicou. “Mas, por meio de nossas mídias sociais e salões de venda, estamos argumentando que ela seja colocada no pescoço, como dita a tendência”, justificou Mendes. 

Adaptação. A sugestão de uso no pescoço também é uma das pautas de divulgação da mineira O Jambu. “Em nossas campanhas, deixamos claro a funcionalidade do produto e os clientes facilmente incorporaram a ideia”, explicou Carol Maqui, à frente da marca. “É uma peça perfeita para ‘rolês’ que precisem deixar o seu corpo o mais livre possível”, sugere.

Para usar como colar, o acessório da O Jambu vem com uma alça mais fina para garantir conforto e ergonomia e, assim, não ficar incomodando o pescoço. 

Alerta. Para que o acessório pendurado não incomode, a sugestão é dar uma editada nas coisas que carrega dentro da bolsa. Por ser bem pequena, do tamanho de um porta-celular – algumas versões são ainda menores, praticamente do shape de um porta-moedas –, o ideal é levar só os objetos essenciais. “É para ser usada em momentos nos quais tudo o que você precisa levar é seu celular, documentos, dinheiro e cartão”, disse Mendes.

Carol Maqui concorda: “Caso esteja procurando algo que caiba mais do que esses itens, a bolsa de pescoço talvez não seja a ideal. Ou, então, a pessoa terá problemas de desconforto”, aconselha.