Os pedidos de ação urgente e resoluta para salvar a humanidade dos problemas provocados pela mudança climática se multiplicaram na abertura da 25ª Conferência do Clima da ONU (COP 25), nesta segunda, em Madri, ante temores de que a reunião possa ficar abaixo das expectativas.
Relatórios alarmantes divulgados por cientistas, desobediência civil, manifestações de milhões de jovens. Desde o ano passado, os países signatários do Acordo de Paris são alvo de uma pressão sem precedentes, resumida na hashtag escolhida para as duas semanas de reunião: #TimeforAction.
Os quatro últimos anos foram os mais quentes já registrados no planeta. Após ter tido o mês mais quente da história, em julho, o ano de 2019 deverá se somar ao “top 5’ e inclusive se situar como o 2º ou o 3º mais quente, segundo a Agência Oceânica e Atmosférica americana (Noaa).
Os apelos por ação urgente foram repetidos no dia de abertura da COP 25. “Realmente queremos entrar para a história como a geração que agiu como o avestruz, que brincava enquanto o mundo queimava?”, questionou o secretário geral da ONU, Antonio Guterres.
Diante dos representantes de quase 200 signatários do Acordo de Paris, entre eles 40 chefes de Estado ou de governo, Guterres pediu uma escolha entre a “esperança” de um mundo melhor e a tomada de ações, ou a “capitulação”.
Na cerimônia de abertura do evento, que acontece em Madri depois que o Chile desistiu de abrigar a reunião em consequência da revolta social no país, Guterres destacou sua “frustração” com a lentidão das mudanças, insistindo na necessidade de atuar de forma urgente.
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