Proteste

Cinco marcas de ômega 3 contêm irregularidades

Ainda segundo a análise, algumas embalagens podem induzir o consumidor ao erro

Por Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2018 | 03:00
 
 
Segundo a Proteste, rotulagem de marcas de ômega 3 pode melhorar Foto: Steve Buissinne / Pixabay

Não é novidade que, na corrida por um estilo de vida mais saudável, produtos como as cápsulas de ômega 3 sejam usados como suplementos alimentares. De acordo com o nutrólogo Guilherme Mattos, isso acontece porque a substância não é produzida pelo corpo humano e oferece diversos benefícios. “Ele contém os ácidos DHA e EPA, considerados aliados no bom funcionamento da memória e ao sistema circulatório e cardiovascular”, diz.

Mas será que esses itens estão de acordo com a legislação? De olho nisso, a Associação Brasileira de Defesa do Consumir (Proteste) avaliou produtos de oito marcas nacionais. Cinco apresentavam alguma irregularidade. O objetivo era mostrar quais delas entregam a quantidade de ômega 3 prometida, além de saber se as informações contidas neles eram verdadeiras, com base na regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No geral, a Proteste verificou que as marcas se saíram bem, já que a quantidade de ômega 3 divulgada por todas as empresas era a mesma encontrada nas embalagens. As informações sobre a presença de DHA e EPA presentes nas embalagens eram verdadeiras. Entretanto, a rotulagem de alguns produtos pode melhorar. Os suplementos fabricados pela Equaliv, Needs e B-Well não informam, por exemplo, o nível de colesterol na tabela nutricional, dado considerado obrigatório pela Anvisa. Já a Sundown não adverte sobre a presença de alergênicos ou derivados no formato padrão recomendado.

Ainda segundo a análise, algumas embalagens podem induzir o consumidor ao erro. A Prosteste aponta que as marcas Sundown e Lavitan afirmam que seus produtos são ricos em EPA e DHA, sem informar, no entanto, que essas são características naturais de todo óleo de peixe.

Conclusões

Avaliação. Das oito marcas analisadas, cinco tinham irregularidades. 

Respostas. O grupo responsável pelas marcas Equaliv, Needs e B-Well afirmou que o produto não contém quantidades significativas de colesterol, não precisando indicar na tabela nutricional essa informação. Já as empresas Sundown e Lavitan não se pronunciaram.