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Covid-19: estudo aponta grupo de risco que tende a ter sintomas por mais tempo

Segundo estudo, pessoas mais velhas, com sobrepeso e mulheres são os grupos que tendem a desenvolver sintomas da doença por um tempo mais prolongado

Qui, 22/10/20 - 09h59
Número elevado de óbitos na capital deixou a equipe em alerta: foram registradas 17 mortes em 24 horas | Foto: Uarlen Valério / O TEMPO

Estudo de um grupo de cientistas do Reino Unido determinou quais grupos de pessoas correm maior risco de sofrer por mais tempo os sintomas do novo coronavírus (Covid-19). Segundo a pesquisa, cuja versão pré-impressa foi publicada na última quarta-feira (21), idade avançada, sexo e peso são fatores que aumentam as chances de desenvolver a doença de forma prolongada.

Cientistas do King's College London analisaram dados de 4.182 pacientes infectados com o novo coronavírus e que compartilharam as informações sobre seu quadro de saúde por um aplicativo.

O primeiro corte foi em relação à duração dos sintomas. Através desse conteúdo, eles descobriram que a maioria dos pacientes se recuperou em 11 dias ou menos após a infecção, enquanto aproximadamente 14% apresentou sintomas por pelo menos quatro semanas. Os dados ainda apontam que 4,5% tiveram sintomas por oito semanas e 2,3% os tiveram por mais de 12 semanas.

A partir desse recorte, avançaram para traçar um perfil desses pacientes. "A equipe descobriu que pessoas mais velhas, mulheres e aqueles com um maior número de sintomas diferentes durante a primeira semana de sua doença eram mais propensos a desenvolver a Covid por um longo prazo", diz um comunicado postado no site do King's College.

Os especialistas detalham que aproximadamente 10% dos pacientes entre 18 e 49 anos apresentam a forma mais longa da doença, percentual que sobe para 22% no grupo de pacientes com mais de 70 anos.

Quanto ao sexo dos infectados, indicaram que a frequência da Covid de "longa duração" era 50% maior nas mulheres do que nos homens, com percentuais flutuantes entre 14,5% e 9,5%, respectivamente. No entanto, eles especificaram que essa diferença só foi vista nos grupos de pacientes mais jovens.

De acordo com os cientistas, o peso corporal da pessoa infectada também impacta de forma relevante no prolongamento dos sintomas. Quem tinha um índice de massa corporal (IMC) ligeiramente mais alto, experimentou uma forma 'prolongada' da doença.

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