Oportunidade

Casas Bahia e Ponto Frio iniciam recompra de smartphone usado

Mercado já consolidado no exterior ainda começa no Brasil

Sáb, 18/02/17 - 02h00
Negócio fechado. Na loja física, um vendedor avalia o aparelho usado e fala na hora seu valor na troca por um novo | Foto: Via Varejo / Divulgação

SÃO PAULO. A Via Varejo – empresa que administra Casas Bahia e Ponto Frio – lançou nessa sexta-feira (17) seu programa de recompra de smartphones e tablets. A partir de agora, os consumidores poderão usar seus aparelhos usados como parte da compra de um novo dispositivo. Por enquanto, a novidade estará disponível em 22 lojas das duas marcas nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, no Distrito Federal, e pela internet, em um site específico, o Casas Bahia Recompra (recompra.casasbahia.com.br).

Segundo Fernando Spinelli, gerente de serviços de dispositivos móveis da Via Varejo, o plano é que o programa seja ampliado para as 970 lojas das Casas Bahia e do Ponto Frio até o fim de março.

“No exterior, o mercado de smartphones usados é uma realidade, e aqui no Brasil é uma solução interessante para o cliente”, diz.

O programa será feito em parceria com a Brightstar, que atua na recompra desses aparelhos e em sua recolocação no mercado – a empresa lidera esse segmento no país e já possui parcerias com operadoras e outros varejistas, como Magazine Luiza.

Como trocar? Nas lojas físicas, a troca é simples: o consumidor leva o aparelho à loja, que será avaliado por um vendedor e receberá uma cotação de preço. Se o valor agradar, o celular ou tablet é trocado na hora e o valor é descontado do total de um aparelho novo.

No site, o consumidor preenche um formulário com dados sobre o estado do celular. Em seguida, o consumidor receberá uma proposta das Casas Bahia. O aparelho deve ser enviado por correio para avaliação.

Nesse caso, o consumidor recebe um vale-presente, que pode ser usado para comprar qualquer item à venda no site.

Simulações. Um iPhone SE usado, mas em perfeitas condições, sem nenhuma avaria na tela, na carcaça ou no botão, vale, no site, R$ 870 na troca por qualquer aparelho novo à venda. Um iPhone SE novo, no mesmo site, custava nessa sexta-feira (17) R$ 2.699.

Um Samsung Galaxy S5, também preservado, vale R$ 210 de desconto. Já o S6 faz o desconto na troca saltar para R$ 500. O Nexus 5, da LG, vale R$ 326, e um Sony Xperia Z3 vale R$ 323.


Números

43,4 milhões de smartphones vendidos no país em 2016.

38,2% desse mercado é da Samsung, com 16,6 milhões.

19,8% é a fatia da Lenovo, dona da marca Moto (Motorola).

10,4% são da LG, terceira colocada em vendas no Brasil em 2016.


No Brasil

Vendas caíram 16% em 2016

SÃO PAULO. O mercado brasileiro de smartphones registrou queda de 16% em 2016, segundo dados da consultoria Gartner. No total, 43,4 milhões de unidades foram vendidas – em 2015, o número de comercializados foi superior a 50 milhões.

A explicação para o desempenho ruim está na crise econômica e na desvalorização do real frente ao dólar. Isso fez as fabricantes apostarem em aparelhos mais avançados, com margens de lucro maiores.

Com isso, o segmento de entrada, que concentra os smartphones de preço mais baixo, foi deixado de lado. A demanda dos consumidores brasileiros, no entanto, se concentrou justamente nesses produtos. Houve também a tendência de postergar a troca do aparelho.

O levantamento da Gartner mostra que a sul-coreana Samsung liderou mais uma vez as vendas de smartphones, mantendo sua fatia de mercado em 38,2%, o equivalente a 16,6 milhões de unidades vendidas.

Bem distante da primeira colocada, a chinesa Lenovo ficou com o segundo lugar. Dona da marca Moto (antiga Motorola), bastante popular no Brasil, a Lenovo ampliou seu espaço no setor, passando de uma fatia de 19%, em 2015, para 19,8%, em 2016. A sul-coreana LG ficou na terceira colocação, com participação bem menor que as rivais anteriores (10,4%).


Fidelidade sustenta Apple

SÃO PAULO. A Apple também cresceu: em quinto lugar, a companhia que fabrica o iPhone viu sua participação saltar de 4,5% para 5,6% de um ano para o outro. Dois fatores colaboraram. Além ter um público cativo, houve também o lançamento do iPhone SE, versão “mais barata” do iPhone 6S.

A Gartner também mediu o número total de celulares simples vendidos no país – os chamados feature phones. O mercado teve queda de 39%, passando de 5,4 milhões de aparelhos para 3,9 milhões.


Flash

Mundo. De acordo com relatório divulgado pela Strategy Analytics, a Apple ultrapassou a Samsung e se tornou a maior fabricante do mundo. Ela vendeu 78,3 milhões de celulares no último trimestre de 2016, o que significa 17,8% do mercado. É a primeira vez que a Apple ultrapassa a Samsung nos últimos cinco anos.

A Sul-Coreana não fica muito atrás. Tem 17,7% de participação, tendo vendido 77,5 milhões de unidades no período.

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