Crime

'Há vários mortos' em tiroteio em shopping de Copenhague, diz polícia

O suspeito detido é um homem dinamarquês de 22 anos; polícia investiga se foi ato de terrorismo

Por Agências
Publicado em 03 de julho de 2022 | 16:35
 
 
Tiroteio em Copenhague Foto: Olafur Steinar Gestsson / Ritzau Scanpix / AFP

Um jovem de 22 anos abriu fogo e matou ao menos três pessoas e feriu outras, em um shopping center em Copenhague, capital da Dinamarca, segundo a polícia, que prendeu um suspeito, mas não divulgou a quantidade de vítimas. O jovem, de acordo com testemunhas, tinha um rifle. "Há vários feridos e sabemos que há vários mortos", disse o inspetor-chefe da polícia de Copenhague, Soren Thomassen.

Os motivos do ataque ainda são desconhecidos, mas segundo o inspetor-chefe não está descartado "um ato de terrorismo". Segundo ele, nada indicava até o momento da prisão do suspeito que outras pessoas tenham participado do ataque.

Um grande contingente policial foi deslocado para o shopping Fields, o maior da Dinamarca, com pelo menos 140 lojas e restaurantes. O centro de compras tem vários pisos e fica em frente a uma linha de metrô que se conecta ao centro da cidade.

O tiroteio ocorreu às 17h30 no horário local (12h30 no horário de Brasília). Frequentadores circulavam pelo local antes de irem a um show do cantor britânico Harry Styles, que ocorreria em uma sala de concertos a 1,5 quilômetro do local. O evento foi cancelado após o tiroteio.

Testemunhas entrevistadas pela imprensa dinamarquesa afirmaram que o suspeito enganou muitas vítimas dizendo que sua arma era falsa, para aproximá-las. "Era um psicopata. Ele perseguiu pessoas, mas não fugiu quando a polícia chegou", disse uma testemunha entrevistada pela TV pública DR.

Pânico tomou conta do shopping

Assim que o suspeito começou a atirar houve correria, com muitos frequentadores correndo para fora do shopping. Quem não conseguiu sair a tempo teve de ficar dentro do prédio por orientação da polícia. "De repente ouvimos tiros, ouvi dez tiros e corremos o mais rápido que podíamos", disse Isabella, que não forneceu seu sobrenome, ao DR. Ela se escondeu no banheiro do centro de compras por duas horas.

Laurits Hermansen disse à DR que estava em uma loja de roupas no shopping com sua família quando ouviu "três ou quatro estrondos" "Realmente eram estampidos altos. Parecia que os tiros estavam sendo disparados ao lado da loja."

Imagens veiculas em TVs locais mostraram equipes médicas carregando macas com pessoas feridas. As ruas ao redor do shopping foram bloqueadas e a circulação do metrô foi suspensa.

"Minhas filhas estavam planejando ir (ao show de) Harry Styles. Elas me ligaram para dizer que alguém estava atirando", disse Hans Christian Stolz, um sueco de 53 anos, que foi ao local para encontrá-las. "No começo, pensamos que eram pessoas correndo porque viram Harry Styles. Corremos para salvar nossas vidas", disse Casandra, uma das filhas de Stolz.

A prefeita de Copenhague, Sophie Haestorp Andersen, instalou um gabinete de crise. "Relatos terríveis de tiroteio em Fields. Ainda não sabemos ao certo quantos ficaram feridos ou mortos, mas é muito grave", escreveu ela no Twitter. "A Dinamarca foi atingida por um ataque cruel na noite de domingo. Vários foram mortos. Ainda mais feridos. Famílias inocentes fazendo compras ou comendo fora. Crianças, adolescentes e adultos. Envio minha mais profunda solidariedade", disse o primeiro-ministro Mette Frederiksen por meio de nota.

Histórico de ataques

O último ataque a tiros em Copenhague ocorreu em 14 e 15 de fevereiro de 2015. No primeiro dia, um radical islâmico tentou matar um chargista que expunha desenhos do profeta Maomé em um centro cultural para lembrar o ataque à revista Charlie Hebdo. O realizador do evento foi morto. No dia seguinte, o mesmo atirador matou um homem que participava de uma celebração em uma sinagoga no centro de Copenhague. O radical foi morto pela policia em seguida (Estadão Conteúdo).