Opinião

As novas economias e seus impactos no mercado

Qualidade de produção e preservação do meio ambiente

Por Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2021 | 03:00
 
 

A economia tradicional, por muito tempo, se utilizou do conceito de “extrair, produzir e descartar”. Entretanto, com os crescentes debates sobre sustentabilidade, reciclagem e impacto que as empresas trazem para a sociedade, o mercado tem se adaptado. Com isso, surgiram novos tipos de economia e formas de negociar, em que, além de se pensar nos lucros, há o cuidado com o ecossistema em que a empresa está inserida. 

É essencial que as organizações se adaptem à nova realidade e desenvolvam modelos de negócios que tenham como metas mais que apenas os lucros. Dessa forma, uma economia que tem se tornado muito popular é a colaborativa. O modelo é baseado em partilhar bens ou serviços, por meio de aluguéis ou empréstimos. No Brasil, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 89% dos brasileiros que já experimentaram alguma modalidade de consumo colaborativo ficaram satisfeitos após essa experiência.

A Uber pode ser considerada um exemplo de economia colaborativa. A empresa atua no país desde 2014 e conecta motoristas com passageiros, oferecendo custos mais acessíveis. O Brasil é o segundo maior mercado da companhia no mundo, apresentando um faturamento de mais de R$ 3 bilhões, o que mostra o potencial da economia colaborativa, de acordo com dados divulgados pela empresa.

Outro modelo que merece a atenção é a economia regenerativa, que visa não apenas desenvolver a empresa, como o meio ambiente ao redor. A intenção é que a produção gere lucros e que reduza os impactos sofridos pelo ambiente ao redor da companhia. A Faber-Castell adota esse modelo de negócio e consegue garantir qualidade na fabricação e poucos impactos para a natureza, por meio da ação de utilizar 100% de madeira reflorestada na fabricação dos lápis. Além disso, a empresa tem as próprias florestas, que absorvem mais de 900 mil toneladas de gás poluentes, emitidos na fabricação de seus produtos.

A economia circular também pode ser uma estratégia para melhorar os mecanismos das empresas e diminuir problemas como a falta de matéria-prima. O modelo torna a organização mais sustentável e reduz a produção de lixo, já que busca por menos desperdício e pelo reaproveitamento dos produtos. A Coca-Cola, desde 2018, criou um projeto de reciclagem dos vidros utilizados nos produtos, derretendo o material e criando novas embalagens.

Modelos como estes têm sido uma alternativa para unir qualidade de produção e atitudes que reduzam os impactos sofridos pelo meio ambiente. Esse debate sobre a importância de ter uma produção mais sustentável não é novidade. Uma vez que os recursos naturais são finitos, é essencial que as empresas adaptem seus modelos de negócios para uma nova realidade.