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Artigos semanais da Câmara Americana de Comércio de Minas Gerais

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Felicidade corporativa

Valor da saúde mental e do ambiente laboral sustentável

Por Douglas Arantes - Amcham
Publicado em 18 de maio de 2024 | 07:00
 
 
 

Falar sobre saúde mental e ambiente laboral sustentável não é mais uma tendência. É uma necessidade urgente, sobretudo, no setor corporativo. A pandemia de Covid-19 reforçou a importância de trazer à tona assuntos como esses e implementar ações nas empresas que garantam segurança e acolhimento para os colaboradores.

De acordo com um resumo científico divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022, no primeiro ano da pandemia a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou 25%. Esse cenário impactou as relações sociais e profissionais, por exemplo, com aumento do número de afastamentos por condições psiquiátricas e crescimento dos índices de turnover.

Outro problema de saúde que se intensificou no período foi a síndrome de burnout, caracterizada pelo esgotamento físico e mental por conta do estresse no trabalho. Inclusive, nosso país ocupa o segundo lugar no mundo em número de casos diagnosticados, segundo estudo da International Stress Management Association (Isma), e a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) revela que aproximadamente 30% dos trabalhadores sofrem com a síndrome.

Mas será que o mercado está preparado para lidar com isso? Realizado pelo ADP Research Institute, o estudo People at Work 2023 apontou que, globalmente, 57% dos trabalhadores não acham que seus gestores ou colegas estejam preparados para conversar sobre saúde mental no trabalho sem julgamento, e no Brasil o número alcança 43%.

Para transformar esse contexto no setor corporativo, um dos profissionais que têm ganhado destaque é o Chief Happiness Officer (CHO). Sua função dentro das empresas é compreender o estado de felicidade e satisfação dos colaboradores, descobrir quais são os motivadores que aumentarão esses índices e elaborar estratégias para viabilizar isso. O intuito desse trabalho é evitar afastamentos, reduzir o turnover, manter a produtividade, estimular a inovação, a colaboração e o engajamento de maneira a construir uma cultura organizacional saudável.

Por isso, o investimento em programas focados na felicidade corporativa é essencial. A negação ou mesmo a indiferença em relação ao tema também traz impactos financeiros, é o que indica o relatório lançado pela OMS e pelo Banco Mundial. Os casos de depressão e ansiedade geram, por ano, custos à economia global de US$ 1 trilhão (R$ 3,5 trilhões). Porém, a cada US$ 1 investido em tratamento para as duas doenças, o retorno é de US$ 4 porque os pacientes conseguem ter mais saúde e disposição para trabalhar.

Como parte integrante desse movimento global transformador, a Amcham Minas Gerais realizou, ontem, o Comitê Aberto: Felicidade Corporativa e Liderança como Propósito. Um dos principais experts em felicidade corporativa no Brasil, responsável pela implementação da Diretoria de Felicidade na Heineken, além de professor na FDC, Vinicius Kitahara, palestrou sobre o assunto e trouxe ricos insights para os gestores presentes. Já no próximo dia 10, a Amcham realizará o CEO Fórum, pautando a temática no maior evento de executivos e diretores de Minas Gerais.

Saiba mais:https://www.amcham.com.br/event?eventid=22822

Douglas Arantes
Gerente regional da Amcham Minas Gerais

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