A Covid-19 transformou profundamente a vida e os hábitos de milhões de brasileiros. Boa parte das cidades de Minas Gerais já ultrapassa 12 semanas de distanciamento social, o que inevitavelmente tornou essencial a estruturação de novos produtos e serviços na adaptação imediata à crise em praticamente todos os setores.
Antes da pandemia, o ano de 2020 carregava grandes expectativas para retomada do setor imobiliário após anos de recessão, porém a chegada do novo coronavírus ao Brasil ameaçou quedas bruscas no faturamento. Para nossa surpresa, a construção civil foi a que menos sofreu impactos e seguiu em direção contrária à da crise, comemorando um semestre de crescimento.
A construção civil foi fortemente abalada no fim de março e início de abril, mas construtoras que estavam investindo no processo de digitalização conseguiram evitar grandes perdas com as vendas 100% online e com a comunicação voltada para o ambiente virtual. Segundo o Sindicato da Indústria e da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), entre janeiro e abril, as vendas de apartamentos novos cresceram 14% na capital, em comparação com o mesmo período em 2019.
Para além da transformação digital, o aumento das vendas também é reflexo da rápida resposta das construtoras e imobiliárias à mudança de comportamento do consumidor, trazendo propostas de valor que conversavam com o momento, com conteúdos educativos nas redes sociais e constante interação com o consumidor para cocriar campanhas e ações que fizessem sentido para ele.
E. apesar da crise, as perspectivas para quem quer investir na compra de um imóvel estão favoráveis com a nova queda histórica da Selic, de 3% para 2,25% ao ano, anunciada pelo Copom, além das medidas facilitadoras de instituições financeiras, como a Caixa, que concedeu 180 dias para financiamento de imóveis novos. O Brasil também apresenta um cenário de baixa rentabilidade da poupança e da renda fixa, alta volatilidade no mercado de ações e subida dos preços dos imóveis em ritmo abaixo da inflação, tornando a compra de imóvel um bom investimento para longo prazo.
O setor da construção civil tem um papel fundamental para manter a economia aquecida. Com feirões online, parcelas a preços acessíveis e atendimento personalizado, continuamos movimentando a economia e tornando possível o sonho da casa própria por meio de empreendimentos econômicos. Em um cenário de desemprego a 12,6%, o setor mantém empregados mais de 247 mil funcionários só em Minas. A construção civil é responsável por movimentar mais de 70 setores da economia e representa 6,2% do PIB brasileiro, com faturamento anual de mais de R$ 1 trilhão.
O que podemos esperar para o próximo semestre? As perspectivas são as melhores, mantendo o ritmo do primeiro. As construtoras devem seguir construindo relacionamentos duradouros com seus clientes, analisando caso a caso para oferecer a melhor oferta e solução para cada um, focando 100% a comunicação digital e garantindo saúde e bem-estar para os funcionários independentemente do cenário.