CHICO MAIA

Fim de ano diferente

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2016 | 03:00
 
 

Os clubes estão se mexendo para a próxima temporada, e algumas saídas e chegadas já foram anunciadas. De modo geral, Atlético, Cruzeiro e América estão se montando agora de forma mais positiva do que iniciaram esses preparativos em fins de 2015.

No ano passado, o Atlético patinava em torno do nome do treinador. Aguardou, até a última hora, respostas do argentino Alejandro Sabella e de Muricy Ramalho, e buscou o uruguaio Diego Aguirre, uma aposta que deu errado.

Formou um time forte do meio de campo para frente e a defesa fraca. Perdeu o Campeonato Mineiro e a Libertadores, caiu o treinador e Marcelo Oliveira foi contratado. Outro equívoco. O novo comandante chegou com um grupo que não fora formado por ele, não conseguiu dar liga a um ótimo grupo de jogadores e perdeu o Brasileiro e Copa do Brasil, caindo antes do jogo final. Triste passagem de um bom treinador de belo passado como um dos grandes jogadores da história do Galo.

O Cruzeiro tinha uma dupla de comandantes do futebol muito jovem e inexperiente que quis “fazer história”, lançando um novo treinador no mercado. A aposta de Bruno Vicintin e Thiago Scuro foi mais do que arriscada no aspirante Deivid e em jogadores de qualidade duvidosa.

Danou. Na sequência, todos se mostraram ineficientes para o tamanho do Cruzeiro. O time não chegou nem à final do Mineiro, e Deivid foi o primeiro a cair. Novamente, a dupla quis “fazer história” trazendo um treinador português, Paulo Bento, mais perdido que cego em tiroteio em Belo Horizonte. A Segunda Divisão nacional virou assombro, e a “providência divina” cuidou de salvar a pátria.

Show de erros. O América foi o caos total. Uma diretoria competente na administração do clube, mas totalmente cambaleante e dividida em relação ao futebol. Deu no que deu. Trouxe um diretor de futebol de São Paulo incompetente, não segurou os jogadores que deveria ter segurado, contratou pessimamente, demitiu Givanildo em momento errado e também apostou em um português.

Salvação da China. Com a queda do Mano Menezes na China, o treinador retornou, arrumou a casa e está aí, trabalhando para 2017. Thiago Scuro caiu e foi substituído pelo ex-jogador Tinga, aspirante a dirigente, que entra respaldado por um dos melhores treinadores do país, que não o deixará cometer erros comprometedores.

O emergente. O Galo buscou um treinador emergente, mas de prestígio, com o país inteiro de olho: como será Roger Machado em sua primeira experiência fora do Grêmio, depois de ter sido alçado à condição de técnico de ponta? Quanto aos jogadores que estão saindo e chegando, é assunto para a próxima coluna. Essa é uma tarefa dos dirigentes tão difícil quanto a escolha do treinador.