O tênis mineiro fez muito bonito em Roland Garros. O resultado de sucesso do Estado em um dos maiores Grand Slam do planeta foi além do vice de Bruno Soares, nas duplas da categoria adulta.
Foi justamente no último torneio como tenista juvenil que o mineiro Bruno Oliveira, de 18 anos, conseguiu o resultado mais importante da carreira que está apenas começando. No último final de semana, ele foi vice-campeão ao lado do baiano Natan Rodrigues. Em todos os seus jogos, ele tinha uma presença especial como espectador e torcedor: Bruno Soares.
Agora, Bruno começa um nova caminhada dentro de um circuito almejado por muito tempo. A parceria de quatro anos, ao lado de Natan, seguirá ativa, com os dois tendo Bruno Soares como uma figura inspiradora.
Mais do que os resultados nas duplas, que motivam qualquer tenista em começo de carreira, Soares faz questão de ter uma relação próxima para mostrar o 'caminho das pedras' e atalhos que certamente serão úteis para os dois prodígios do tênis nacional.
"Eu conheço o Bruno desde que eu tinha 10 anos de idade, eu era vizinho da mãe dele, ficava pedindo a ela bolas autografadas de torneios que ele participava. Com 14 anos, começamos a treinar juntos. Hoje, o técnico dele, Hugo Daibert, também é meu treinador. A parcela de contribuição deles na minha carreira, ao lado do pessoal da Fly Sports, é enorme. Sem eles, seria tudo mais difícil", agradece Oliveira.
Aquecendo uma lenda do tênis
O jovem viu oportunidades nunca antes imaginadas aparecerem ainda durante a trajetória como juvenil. No último domingo, Soares abriu canal para que ele aquecesse Novak Djokovic antes da final de Roland Garros contra Rafael Nadal. Oliveira já havia treinado com o sérvio durante o Masters de Roma e foi parceiro de treinos de Soares durante a competição em solo italiano.
"Foi a realização de um sonho, graças ao Bruno. Hoje, ele é um cara que participa do meu dia-a-dia, é um amigo, conselheiro e mentor, alguém com influência muito grande nos meus resultados. Ele dá alguns toques refinados para o nosso jogo, compartilha experiências e cria oportunidades. Ele nos permitiu contato com uma academia na Espanha para um período de intercâmbio, nos ajuda a vivenciar o circuito de perto e ver que o sonho é possível. O Bruno contribui com decisões sobre quais torneios jogar, o caminho que nossas carreiras devem seguir, é alguém muito especial neste processo", conta Oliveira.
O bom resultado no torneio francês dá uma nova motivação para a dupla, que sabe que as barreiras agora serão ainda maiores. "Foi a recompensa de um trabalho duro, de uma parceria vitoriosa e com algumas derrotas doídas. Nos preparamos para chegar neste momento e o resultado consolida nosso trabalho e serve de combustível pra gente seguir adiante. Confiamos muito neste processo e agora é focar na transição entre juvenil e profissional", salienta o tenista.
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