Leandro Cabido

Comentarista esportivo da rádio Super Notícia 91,7 FM, escreve sempre às quintas-feiras

Enfim, chegou a melhor época do ano

Publicado em: Ter, 12/06/18 - 03h00

A Copa do Mundo bate na nossa porta e poucas dúvidas pairam na cabeça do torcedor brasileiro. A principal delas é: será que conseguiremos passar por cima do trauma do 7 x 1? Se depender de Tite, Neymar e companhia, com certeza.

A realidade atual da equipe nacional é bem diferente daquela de 2014. A verdade é que aquele time, tirando 2013 na Copa das Confederações, não encheu os olhos de ninguém. Com o Mundial acontecendo em nosso país, era óbvio que a pressão seria insustentável. Como foi.

Nas Eliminatórias, o país venceu com o pé nas costas. Em 2018, o Brasil sequer empatou. Derrotou todos os adversários. Seja o time B da Alemanha, a Croácia ou a Rússia. No último desafio, contra a Áustria, veio nova conquista, com direito a gols do trio ofensivo cada vez mais temido no futebol europeu.

Neymar mostrou que está recuperado da lesão do dedo do pé e consegue ser o maestro de um conjunto que está pronto para ser campeão do mundo. Nas duas partidas após a contusão, o jogador balançou as redes com autoridade e impressionou na parte técnica. Tudo que o atleta do Paris Saint-Germain precisa neste momento é provar para o resto do planeta que ele tem condição de brigar, cabeça a cabeça, com Cristiano Ronaldo e Messi, pelo posto de melhor jogador da temporada.

Gabriel Jesus, que vive a sombra de Roberto Firmino, deu resposta à altura em Viena. Além dele, Philippe Coutinho é praticamente imparável quando entra na diagonal. Dificilmente ele não arremata para vencer o goleiro.

Não dá para não esperar três vitórias na primeira fase. Os suíços, que conseguem se impor defensivamente, não possuem a força necessária no ataque para incomodar. A Costa Rica, que fez o que chama “O Milagre no Brasil”, ao alcançarem as quartas de final em 2014, tem um futebol interessante, mas a qualidade técnica exigida na Rússia é bem maior do que a das Eliminatórias. E tem a Sérvia, que possui jogadores bastante conhecidos, caso do volante Matic, do Manchester United, e a tradição de jogarem um futebol solto e bem técnico. Porém, sofre quando enfrenta sul-americanos.

Contudo, esta deverá ser a Copa do Mundo mais equilibrada de todos os tempos. Nenhuma seleção se destaca como em anos anteriores. Alemanha – mesmo não vivendo seu melhor momento, Espanha, França, e até mesmo a Argentina, podem atrapalhar as pretensões verde e amarelo. Uruguai, Bélgica, Inglaterra e Portugal, mesmo com times com um nível abaixo das acima citadas, têm alguma possibilidade. Os ingleses, campeões de praticamente tudo nas categorias de base, acreditam que podem surpreender outros gigantes.

Vencer na Rússia não será nada fácil. Além dos adversários, jogar no maior país do mundo será bem exigente. Viagens, clima e cultura variam muito de sede para sede. Estar em Moscou facilita a mobilidade, porém, poucas equipes podem se dar ao luxo de dizer que estarão 'tranquilas'.

Até domingo, quando a seleção começa a sua caminhada, muitos jogos importantes terão acontecido. Lembrar que na sexta-feira, dia 15, já assistiremos Portugal x Espanha. Sensacional.

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