LEANDRO CABIDO

O Cruzeiro está sem escudos para se proteger

Sem as escoras das Copas, diretoria celeste se vê em beco sem saída no seu discurso

Por Da Redação
Publicado em 05 de setembro de 2019 | 18:26
 
 

O Cruzeiro foi um desastre completo em Porto Alegre. E isso não se deve exclusivamente a A ou B, mas sim a um sistema caótico prestes a explodir. A causa principal é a falta de transparência da diretoria e também do seu conselho deliberativo, que não encontram soluções para os problemas do clube.

O 3 a 0 para o Internacional machucou o torcedor celeste, mas a derrota - culminando na eliminação da Copa do Brasil - ainda mais do jeito que foi, só escancara a realidade do clube. Sem as Copas – prioridade dessa gestão, não há escudo esportivo algum para justificar o descontrole financeiro feito até o momento. A possibilidade de piorar é real.

Falando especificamente do que vimos no Beira-Rio, o técnico Rogério Ceni fez escolhas equivocadas e foi amplamente dominado pelo Odair Hellmann com seu Inter. Jogar sem centroavante, optar por Robinho fazendo a saída e preterir Edilson para improvisar Jadson foram decisões pensadas pelo comandante, mas que não deram resultado algum.

Outro problema foi Ceni tentar desenvolver o jogo a partir do seu campo de defesa, com seu grupo sabidamente abaixo tecnicamente. Erros de passes grosseiros, inclusive, que culminou no primeiro gol de Paolo Guerrero. Por mais que o trabalho seja muito recente, em alguns momentos é preciso abrir mão de algumas propostas e tentar algo com uma possibilidade assertiva maior. O jogo dessa quarta-feira era para jogar a responsabilidade em seus medalhões, como Fred, Edilson e Thiago Neves.

Falando do camisa 10, a sua reclamação ao término do confronto foi, no mínimo, desproporcional. Concordar ou discordar faz parte do diálogo, mas foi um discurso oportunista que nada colabora para melhorar. Pareceu que o atleta se isentou da responsabilidade, jogando praticamente a culpa da eliminação nas costas do treinador. E só para lembrar, na partida de ida, no Mineirão, ainda víamos Mano Menezes no banco celeste.  

O duelo em Porto Alegre encerrou uma participação efetiva do Cruzeiro na Copa do Brasil, com dois títulos e duas semifinais nas últimas quatro participações.  

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