MARCOS GUIOTTI

Pirataria prejudica os clubes

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2014 | 03:00
 
 

Todo mundo já deve ter ouvido falar em produtos pirateados. Não sei dizer se todas essas pessoas já adquiriram produtos piratas. Entende-se por pirataria a reprodução, venda e distribuição de produtos sem a devida autorização e o pagamento dos direitos autorais. É uma prática muito utilizada na atualidade que provoca grandes prejuízos à economia do país.

Os produtos pirateados, além de serem diversificados, são financiados por máfias estrangeiras implantadas no país. Apesar de serem de procedência duvidosa, tais mercadorias podem ser produzidas de maneira a apresentar riscos à saúde. Uma pesquisa pela FGV e Instituto Etco, revela que o comércio ilegal movimenta perto de R$ 800 bilhões por ano ao Brasil. Um grande prejuízo para a indústria nacional e também para o clubes de futebol. Os números não são exatos, mas a Receita Federal estima prejuízo superior a R$ 1,5 bilhão por ano na indústria do futebol. O departamento de marketing da Adidas calcula que os clubes poderiam faturar cinco vezes mais se o país acabasse com a pirataria. Movimento recente de alguns clubes brasileiros chegou a criar uma associação para combater a pirataria de suas marcas, mas nenhum resultado prático foi alcançado, ainda.

Promessa. A secretária executiva do Conselho Nacional de Combate à Pirataria do Ministério da Justiça, Ana Lúcia Medina, prometeu intensificar a repressão à venda de produtos piratas. Segundo ela, estão sendo feitos acordos com prefeituras de algumas cidades para a integração entre a Polícia Federal, Receita Federal e as guardas municipais, contra a pirataria.

Exemplo. O mercado de TV por assinatura também sofre com a pirataria. A Liga de Futebol Profissional da Espanha lançou uma campanha para acabar com os “gatos”, as ligações clandestinas nos lares espanhóis. No Brasil, o prejuízo beira R$ 2 bilhões. As empresas investem no combate, mas a pirataria está sempre à frente. O mercado brasileiro movimenta R$ 24 bilhões.

Consumidor. Existem sim, alguns torcedores que se recusam a comprar produtos piratas de seus clubes, mas a maioria acha muito caro uma camisa oficial custar R$ 230, enquanto que a falsificada, sai por R$ 40. Não é só um problema econômico, mas de consciência, de ética e de responsabilidade.

Segredo. Os clubes não divulgam quanto ganham na venda de uma camisa oficial. Nem sequer falam quantas camisas são vendidas por mês. Segundo dizem, é um número “estratégico” na hora de negociar patrocínio com as marcas. No mundo, camisas de futebol movimentam um mercado de R$ 13 bilhões. Adidas, Nike e Puma detém 90% do mercado mundial.