Nos últimos três meses vivenciei o que digo e transmito aos meus clientes de mentoria. Foi necessário treinar minha mente e escolhas com cuidado, atenção e compaixão próprias. Os que acompanham meus trabalhos e crenças sabem que venho me dedicando nos últimos dez anos a uma clínica de saúde integral. Durante esses anos, percebi o quanto é necessário e urgente ver-se e pensar-se como um ser na integralidade. Percebi que, para avançar em qualquer área da vida, o foco de ação deve permanecer em seis conquistas: a física, a nutricional, a cognitiva, a prática, a relacional e a emocional.
Sem ações nessas grandes áreas corremos um risco de ver a doença, e não a saúde. Corremos o risco de construirmos nossos comportamentos desconectados do todo e, como dizem, olhar para a vida de forma míope. Com base nessa crença, construímos a clínica de saúde integral: vários espaços, profissionais, projetos de apoio e parcerias. Mas esse espaço grande e com múltiplas situações sempre demandou muito. E, como tudo na vida tem prazo de validade, foi necessário avançar às novas fases.
Não porque não acreditemos mais nessa visão integrativa e de performance, mas por considerar o cenário, suas variações e respostas. Foi preciso maturidade para mudar o rumo e encerrar não a filosofia e a crença, mas o modelo de negócio. E é sobre como absorvemos as reinvenções e as perdas que a vida nos coloca que partilho com você neste instante.
Você, leitor, pode ter aí uma lista de desafios e insatisfações que o impulsione a fazer transformações na sua vida. No meu caso, o cenário financeiro, os desafios da gestão, a dificuldade de formação de equipe, os desafios dos sistemas operacionais, o dia a dia das manutenções, o contato com os fornecedores, as gerações de conteúdo para mídias, os desafios da comunicação interna, os descompassos de resultados efetivos, o desafio do engajamento das pessoas e a diversidade no alinhamento de propósitos podem servir de justificativas para a tomada de decisão e, no meu caso, a decisão de fechar esse formato de negócio. Mas, confesso, o grande impulsionador foi o querer. E agora, aqui, do meu consultório, não mais inserido em um cenário tão complexo e capaz de olhar para a frente e mais calmo, penso nos desejos que me impulsionam, principalmente neste novo ano que se aproxima.
Sempre ouvi de minha analista o imperativo: você quer o que você deseja? E este foi o ponto; depois de 15 anos, e já com 51 anos, comecei a desejar outros pontos. E vi que também quem estava ao meu lado desejava outros caminhos. O GPS precisava ser reprogramado.
Compartilho com você, leitor, seis métodos que me ajudaram a superar essa fase de transformações. 1. Leia seus incômodos, perceba o que está ou não fluindo. Leia seus bioindicadores. Pense sobre o óbvio! 2. Clareza de objetivos, pense aonde quer chegar, mas escreva. Pense em progressões e tendências. Um ano? Dois? Cinco? 3. A regra que chamo de LLS: busque a limpeza, a leveza e a simplicidade. Descarte, carregue menos coisas. Simplifique, deixe desamarrado, deixe fluir, abra espaços. Malas sempre prontas, não para fugir, mas para fortalecer a mobilidade. 4. Calma, mas com prazo. No olho do furacão, dizem, é uma região de calmaria, com ventos fracos, com céu claro ou com poucas nuvens.
Portanto respire, mas marque prazos e siga. 5. Descanse e se recupere: saiba sair de cena um pouco, tome fôlego. 6. Ritmo e direção: Sim, é isso, sempre siga confiante. Esforce-se para avançar e peça ajuda! O tempo é implacável! Tome as rédeas das suas escolhas!