Raimundo Couto

Jornalista especializado no setor automotivo, escreve às quartas-feiras no caderno Veículos

Espaço do leitor

Publicado em: Qua, 12/09/18 - 03h00

A propósito do tema abordado na “Intercâmbio” da semana passada, em que falamos das dificuldades e da tensão do processo para se tirar a tão sonhada Carteira Nacional de Habilitação (CNH), citando, como exemplo, os percalços pelos quais a jovem Janaína teve que passar para conquistar, finamente sua permissão para dirigir, recebemos um e-mail do leitor Abner Bragança Gouvêa e o reproduzimos na íntegra.

“Li seu artigo sobre a habilitação para condutores de automóveis no Brasil. Interessante fazer uma comparação do que ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos, onde as coisas são mais simples, pois se trata de um país em que já há uma assimilação do povo com o mundo automobilístico já há várias gerações. Lá, para se tirar a carteira de motorista, claro, há variações de Estado para Estado, já que é grande a autonomia de cada unidade da federação, inclusive da idade mínima para se conduzir veículos, que varia de 14 a 21 anos. Mas como ia dizendo, lá as coisas são menos burocratizadas, ou menos complicadas, como queira nominar”, afirma o leitor.

E ele continua. “Nos EUA, para se habilitar, o primeiro passo é fazer o exame teórico, que via de regra é feito em um computador, com provas de múltipla escolha, com três opções para cada questão, sendo uma delas a certa. Caso o candidato seja reprovado nesta “etapa”, ele pode repetir geralmente meia hora após a primeira tentativa; caso seja novamente reprovado, o que é raro, pode repetir novamente, geralmente no dia seguinte. Aprovado neste exame teórico, ele recebe sua carteira de habilitação (sim, claro, provisória), mesmo que nunca tenha tocado em um volante de carro. Com ela, ele pode dirigir em qualquer via pública do país desde que acompanhado por um condutor habilitado maior de idade”, reforça Gouvêa.

“Caso queira, em ato contínuo, pode imediatamente fazer o exame prático e ir logo de cara obtendo sua carteira definitiva. Para fazer este exame prático, não é necessário fazer uma única aula de autoescola (embora elas existam no país). Pode simplesmente aprender a dirigir com alguém habilitado, uma pessoa da família, por exemplo. Acho interessante que os brasileiros saibam que em países mais evoluídos do que o Brasil as coisas de que necessitamos não são necessariamente mais complicadas do que aqui”, finaliza o leitor do Super Motor.

E o amigo tem toda razão! Não há necessidade de ser tão tenso um momento importante de uma conquista planejada e esperada. O sonho de poder dirigir é acalentado desde a mais tenra idade, e assim que se completam os 18 anos, a pessoa logo trata de tomar as primeiras providências para sua realização. Não é preciso de tanto sofrimento para conseguir realizar um desejo que, para muitos, segue sendo algo importante. Até a próxima semana!

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