A esquerda está em delírio, leia-se PT, com a indicação ao Oscar do documentário que conta o lado petista do impeachment. O material é uma produção artística, via de regra um filme, não ficcional, que se caracteriza pelo compromisso da exploração da realidade. Isso não significa que represente a realidade tal como ela é: o documentário, assim como o cinema de ficção, é uma representação parcial e subjetiva da realidade.
A diretora do documentário, Petra Costa, é belo-horizontina, filha de Marília Andrade e neta de Gabriel Donato de Andrade, um dos fundadores da construtora Andrade Gutierrez. Sim, a construtora que fraudou assinaturas para receber uma dívida que já havia sido paga em Betim; a construtora que está envolvida na Lava Jato e teve seus diretores presos e que, por último, nesta semana, foi condenada a pagar uma multa milionária na Suíça por ter sido constatado que ela não teria tomado todas as medidas necessárias e razoáveis, entre 2007 e 2012, para impedir o suborno passivo de funcionários públicos estrangeiros dentro do grupo.
Para finalizar, também nesta semana o Superior Tribunal de Justiça negou recurso em mandado de segurança da Andrade Gutierrez, com o qual a construtora buscava reverter o bloqueio de mais de R$ 198 milhões determinado pelo Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) em razão de supostas irregularidades nas obras de reforma do complexo do Maracanã. Ou seja, de maracutaia a moça deve conhecer bem, já que a família está envolvida até o “pescoço”.
Com isso, ela conseguiu fazer um filme falando de democracia, “Democracia em Vertigem”, e tentar um Oscar para o PT, partido que beneficiou e muito a família dela. Quanta hipocrisia nesse mundo vermelho. Como diz a chamada de um programa de televisão semanal: “Quem são, o que fazem, como vivem?” Eu respondo: roubam e nem ficam vermelhos, porque já são. |