RICARDO SAPIA

O tempo passa, o tempo voa

Como as medidas protetivas não geram resultados práticos, chegou a hora de as mulheres se prepararem para o embate

Por Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2019 | 03:00
 
 

“O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa”. Quem tem mais de 40 anos se lembra dessa propaganda do extinto banco paranaense que fazia uma alusão aos difíceis momentos pelos quais a economia brasileira passava nos anos 80 e 90.

Comecei esta coluna de hoje relembrando essa propaganda porque ela se encaixaria muito bem aos dias de hoje em relação aos crimes contra as mulheres em todo o país, ou seja, os “machões” de plantão continuam agredindo e matando as mulheres impunemente neste começo de ano.

Voltei das férias ontem e me deparei com esse número assustador de crimes contra as mulheres. Um dos criminosos ainda deu uma entrevista para uma emissora de televisão e soltou a frase midiática dos “machões”: “Se não ficar comigo não fica com ninguém.” Nos primeiros 11 dias de 2019, 33 mulheres foram vítimas de feminicídio e 17 sobreviveram, uma média de cinco casos por dia.

Como as medidas protetivas não geram resultados práticos, chegou a hora de as mulheres se prepararem para o embate.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto flexibilizando a posse de armas no país. Alguns ignorantes políticos são contra a medida, com o velho e defasado discurso de que a violência vai aumentar.

Balela pura. Os criminosos têm acesso livre às armas de fogo, mas o cidadão de bem não tinha até então esse direito, verdadeiramente um direito de legítima defesa. Fico lendo nas redes sociais, e esquerdopatas, isso mesmo, esquerdopatas, que não conhecem nada sobre segurança pública, fazem discursos de que “fascistas não passarão”.

Esses mesmos que se autointitulam defensores das minorias, que preferem dar livros em vez de armas, estiveram 14 anos no poder e só vimos a violência aumentar. Esses jovens que não viveram os anos 60, 70, 80 e até mesmo 90 usam camisetas do Che Guevara e nem conhecem a história deste que é um dos maiores assassinos, chamado de guerrilheiro, que matava e mandava matar gays. Chamam o assassino Cesare Battisti de preso político – bom, chamam até o ex-presidente preso e condenado de “preso político”.

Voltando a falar das mulheres, vou ficar torcendo para elas se matricularem em escolas de tiro e poderem se defender dos “machões”.

Nesta sexta-feira (18) vou receber no Alerta Super um professor de tiro e dono de estande e convido vocês a ouvirem o programa a partir das 16h na rádio Super 91,7 FM.