Olá. Quando recebi a informação de que o senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, vai passar férias no Caribe fiquei sem entender e vocês devem achar que fiquei doido. Se o senador é rico, proprietário de uma das maiores empresas de ônibus de transporte interestadual do país entre outros empreendimentos, qual o problema de ele sair de férias e ir para o Caribe? O problema, meus amigos, é que esse homem é um ladrão condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro. No período de 2003 a 2004, o senador teria obtido, mediante fraude, financiamento junto ao Banco da Amazônia com a finalidade de renovar a frota de ônibus da Eucatur, empresa de transporte gerida por ele.
Dos R$ 1,5 milhão liberados, Acir Gurgacz se apropriou de R$ 525 mil. Com o restante, comprou ônibus velhos, diferentemente do objeto do empréstimo que era a compra de ônibus novos, prestando contas com notas fiscais falsas. E pasmem! Ainda faltam 3 anos, 8 meses e 21 dias de pena, mas que ele vai poder cumprir em prisão domiciliar, o que não o impede de receber o salário de senador que ultrapassa R$ 33 mil por mês, sendo que pode gozar as férias do Senado aonde dá expediente e tem que voltar para casa até as 22h. A viagem foi autorizada pelo Poder Judiciário do Distrito Federal (anteontem o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou a autorização de viagem). Detalhe, o detento, sim ele é considerado um detento, caso tivesse a autorização para viajar, não poderia ingerir bebida alcoólica nem frequentar prostíbulos e ou casas de jogos de azar. O hotel em que ele iria se hospedar tem um custo de diária de R$ 4.000, com um belo de um cassino e oito bares. Só faltou o prostítulo!
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