Lima é conhecida hoje como a capital gastronômica das Américas. Três dos 50 melhores restaurantes do mundo, segundo a prestigiada revista inglesa “The Restaurant” (www.theworlds50best.com), estão na cidade. O Central, do chef Vigilio Martinez (quarto melhor do mundo e primeiro da América Latina), o Astrid e Gaston (14º) e o Maido (excelente cozinha nikkei, fusion peruana-japonesa), do chef Mitsuharu Tsumura (44º).

Mas a cena gourmet da cidade vai além. Lima é cosmopolita, com 10 milhões de habitantes, as opções são muitas, são conhecidas a fartura e originalidade de seus ingredientes, como as centenas variedades de batatas, milhos, ervas, frutos do mar e peixes frescos, trazidos, em abundância, pela corrente fria de Humbolt – que traz, além da famosa bruma permanente na cidade (vem do contraste entre o clima desértico e a corrente) e da inibição dos banhos de mar, o estímulo ao surfe, esporte nacional e referência internacional.

Cevicherias, padarias gourmet e restaurantes de cozinhas representativas de vários pontos do país, como a costeira, a andina e a amazônica, aliados à investimentos do governo no setor e ao trabalho dedicado e meticuloso de seus chefs, projetaram a cozinha peruana, especialmente a sediada em Lima, como uma das melhores do mundo. É, inegavelmente, um dos melhores destinos do planeta para quem gosta de viajar para comer bem.

Outro grande polo gastronômico que desponta hoje na América Latina é a Colômbia. Medellín bomba como cidade vibrante, com restaurantes bem-montados e ótima cozinha, seguida por Bogotá e a sempre visitada Cartagena. Em Medellín, o destaque fica com restaurante El Cielo; enquanto, em Bogotá, valem muito visitas aos restaurantes Harry Sasson (cozinha tradicional executada com perfeição) e ao Criterion (cozinha criativa e contemporânea).

Além dos Andes

Em Montevidéu, comer um chivito é obrigatório, e a rede La Pasiva é um dos destaques locais. Uma visita ao bairro de Poncitos é obrigatória, com destaque para o La Trouville (Chucarro, 1.031), e o “bodegon”, o La Giraldita (Jose Benito Lamas, 2.745). E, claro, o famoso Mercado del Puerto é também visita certa para provar a carne do país – que está entre as melhores do mundo, na qualidade, no corte e no preparo –, e o Cabaña Veronica é uma boa opção para experimentar peixes, como o peixe-espada ao molho de mariscos e merluza negra na manteiga.

Buenos Aires continua com a vida noturna intensa em restaurantes tradicionais como o Oviedo (cozinha espanhola) e El Mirassol (parilla sofisticada, na Recoleta), além de outros como o peruano Sipam, o dinamarquês Olsen, o argentino contemporâneo Tegui, o nikkei Osaka, o italiano Il Materello, em La Bocca, e a brasserie Petanque, em San Telmo.

A Cidade do México e suas imediações também possuem restaurantes na lista dos melhores do mundo: o Pujol (número 16), de Henrique Olvera (sucesso também hoje em Nova York, com o Cosme), é destaque; o Quintonil (número 35) e o Biko (número 37), com seu mercado revitalizado, atrai hoje foddies (quem viaja para comer) de todo o mundo.

Nem só de viagens aos Estados Unidos e à Europa vive os apaixonados pela gastronomia. A América Latina é um grande destino.