Serginho do Volei

Serginho do Vôlei

A dificuldade para se criar um calendário fixo no Brasil

Publicado em: Sáb, 22/01/22 - 03h00

Você sabe me dizer como e quando tem jogo de vôlei? Sabe qual campeonato o seu time do coração está disputando? Pode ser um, dois ou até três ao mesmo tempo, sabia? Vou responder para vocês as três perguntas que eu fiz e a resposta é negativa. É um tema pertinente que deve ser colocado em pauta. Passa pela evolução das competições, de massificar o esporte e aproximar o fã, o entusiasta, o público que consome o voleibol. Temos um agravante, que é pandemia, que resulta em jogos remarcados e cancelados, o que dificulta ainda mais criar a cultura voltada para obter um calendário fixo. 

Imagina você, torcedor, se programar durante o ano para assistir a todos os jogos do seu time. Sabendo onde e qual campeonato vai jogar, isso é um ponto em questão. Agora, imagina poder programar o que você vai assistir no conforto da sua casa ou até mesmo com amigos com antecedência?

No Brasil, somos reféns de horários. Apenas o futebol e, ultimamente, nem o futebol tem horário fixo como antigamente. Isso desnorteia quem torce, quem se programa para o entretenimento. 

Um excelente exemplo é a NBA, guardadas as devidas proporções. É possível comprar ingressos para a temporada completa por um preço mais acessível. Já está tudo programado. Não vai poder assistir ao jogo? Vende, tem um setor nos ginásio que faz a alegria de quem está de passagem pela cidade e não comprou ingresso para todos os jogos. 

Eu fui em um deles. Em um belo dia em Nova York, passando em frente ao ginásio, perguntei ao segurança se poderia entrar para conhecer o ginásio. Ele me respondeu dizendo que não poderia autorizar pois era dia de jogo. Perguntei então se tinha ingressos à venda. Nesse momento, ele apontou uma fila discreta e me disse para aguardar. As pessoas que compraram os ingressos para a temporada completa que não fossem ao jogo abririam a possibilidade para pessoas como eu. 

O funcionário chegou perguntado quem estava sozinho e eu já fui saindo da fila e me preparando para participar de um evento esportivo sensacional. 
Moral da história: dias e horários pré-determinados, acordados inclusive com a transmissão da televisão. Os assentos foram ocupados normalmente por pessoas como eu e o ginásio ficou cheio como sempre. Uma questão de organização e padronização. Não é fácil, mas também não é  impossível. Vai Brasil!

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