“Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.” - 1 Timóteo 2:5-6
Mais do que nunca o ser humano precisa conhecer a Palavra de Deus. Para isso, a Bíblia nos foi dada para que não sejamos enganados por ensinos errôneos ou por tradições que a contradizem. É certo que existem várias pessoas que seguem seus dogmas e doutrinas de boa fé, mas poucas se dedicam a analisá-los e compará-los com as Escrituras Sagradas.
Vamos falar de uma personagem digna, corajosa e merecedora de admiração, mas sobre a qual criaram inúmeras lendas, que muitos devotos, sem nada conferir, aceitam por confiar em quem as transmitem. Trata-se de Maria. Se a Bíblia fosse examinada de forma minuciosa, muitos veriam que a realidade é outra. É importante saber que a Virgem Maria, Santa Maria e todas a quem chamam de Nossa Senhora, são a mesma pessoa. Às vezes, andam longe para pagar promessas e, os padres, conhecedores disso, quase nada fazem para esclarecer o povo e acabam colaborando para a maioria permanecer no desconhecimento.
Atribuir à mãe de Jesus poderes e títulos, sem apoio bíblico, é pecado. Jesus precisou de uma mãe carnal para vir ao mundo e veio a nós por meio da mulher, como Filho do homem. Se Deus tivesse enviado um espírito ou um homem sem ter nascido de mulher quebraria suas próprias leis. E um espírito não poderia morrer por nós. Virgem até Jesus nascer, Maria foi instrumento de graça e bondade de Deus, o que levou o anjo a dizer-lhe que ela era muito agraciada, ou cheia de graça, o que significa repleta do favor divino, ou seja, trata-se de favor de Deus e não merecimento dela própria.
A mãe de Jesus merece respeito por sua obediência, fé e coragem. Grávida antes do casamento poderia ser considerada adúltera. Não podemos é adorá-la, venerá-la ou dirigir orações a ela ou à sua imagem. Nem mesmo Jesus admitia que Maria fosse tratada de forma superior a Ele. E deixou isso bem claro. Quando os discípulos o avisaram de que sua mãe e seus irmãos o chamavam respondeu: “Quem é minha mãe e meus irmãos? Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a executam.” (Lucas 8.21). Jesus nunca chamou Maria de mãe nem de senhora, mas de mulher, um tratamento inabitual, mas respeitoso. É provável que Jesus, embora existissem outros motivos, não quisesse chamar Maria de mãe para o povo não a considerar a mãe de Deus nem a idolatrar.
Se Maria fosse a nova Eva, isso teria constado, como claramente constou com relação a Jesus ser o novo Adão, como nos ensina o apóstolo Paulo em I Coríntios 15.22-45: “Porque assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo... O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente: o último Adão em espírito vivificante.” Não podemos, portanto, considerar Maria nossa senhora, pois esse termo teria que significar nossa deusa. Ela é nossa irmã em Cristo, “pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos.” Ela se se disse serva (escrava) do Senhor e escrava é o oposto de rainha.
Que o Senhor nos abençoe.
Pr. Jorge Linhares
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