Super Historias

Campos diz que tomaria o lugar de Oliveira, Alerrandro e Papagaio

Publicado em: Dom, 25/08/19 - 03h00
Campos sempre participa de encontros de ex-jogadores do Atlético e está se programando para estar presente no próximo, em setembro | Foto: Pedrilho Gonçalves/arquivo pessoal

Campos tem 66 anos e relembra os grandes tempos de Atlético, clube no qual deixou seu nome marcado. Atacante rápido, bom de drible e com chutes precisos, ele não tinha medo de zagueiro violento. Saiu de Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, passou pela base e assinou seu primeiro contrato profissional em 1972.

Emprestado ao Nacional de Manaus para ganhar rodagem, foi vice-artilheiro do Brasileiro, com 14 gols, jogando contra zagueiros do nível de Figueroa, Amaral e Luiz Pereira. O artilheiro foi Dadá Maravilha, do Atlético, com 17. E justamente no lugar do Peito de Aço, negociado com o Flamengo, que Campos ganhou sua maior chance no Galo, assumindo a posição.

No alvinegro, Campos foi artilheiro do Mineiro de 73, com 15 gols, e gostava de ser chamado de “Peitinho”, na ausência do Peito de Aço. Suas qualidades impressionavam os narradores Vilibaldo Alves, que o chamava de “Carcará”, e Jota Júnior, para quem Campos era o “Bem Amado”.

Campos adorar falar dos clássicos que disputou e destaca um grande jogo de 1973 contra o Cruzeiro. “Eu ficava mais motivado para o clássico e tinha dificuldade para dormir tamanha a vontade de entrar em campo. Fiquei mais motivado ainda quando vi uma faixa da torcida adversária dizendo ‘vem, Campos, Perfumo te espera.’ Fiquei na obrigação de fazer gol. Dei dois dribles nele e ganhamos por 2 a 0”, conta.

E Campos manda um recado para os atacantes de hoje. “Se fosse hoje eu seria titular absoluto. Que me desculpem Ricardo Oliveira, Alerrandro e Papagaio”, diz o ex-goleador.

Pelo Brasileirão de 1973, contra o Vasco, no Maracanã, Campos levou uma joelhada de Renê, o que lhe arrancou três dentes. Por causa do tratamento, tomou medicamentos para jogar contra o mesmo Vasco no Mineirão e fez os dois gols da vitória do Galo por 2 a 1. Porém, foi relacionado para o exame antidoping, que deu positivo. “O médico fez o relatório e deve ter se esquecido de mencionar mais um medicamento. Fui suspenso por 180 dias e acredito que essa suspensão me tirou da Copa do Mundo de 1974, na Alemanha”, lamenta Campos, que depois disputou a Copa América pela seleção.

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