Zelão, 46, formou-se no Cruzeiro, clube que o recebeu desde o infantil até o profissional. Começou como zagueiro, e o presidente Benito Masci achava que seu futebol era parecido com o de Luizinho, ex-Atlético, Cruzeiro e seleção brasileira. Mais tarde, Zelão foi convencido pelo treinador Wantuil Rodrigues a atuar na lateral direita, e o jogador se tornou de vez um verdadeiro ala, já que era eficiente na posição, com boa passada de bola, força na marcação e qualidade nos cruzamentos.

Não demorou muito, e Zelão foi direto para o profissional. Antes, claro, teve algumas oportunidades de jogar nos juniores da Toca.

Ele se lembra bem de sua estreia com a camisa do Cruzeiro, quando substituiu o lateral Balu, que estava lesionado, em um jogo contra o Valério, em Itabira. A Raposa venceu por 3 a 1, e o futebol de Zelão logo chamou a atenção de Ernesto Paulo, treinador da seleção brasileira sub-17.

Pelo Brasil, ele foi titular e campeão do Sul-Americano na Venezuela, em 1991, e vice mundial, no mesmo ano, em Portugal.

Na época, a vida do lateral não era fácil, já que precisava marcar grandes jogadores, como Marcelinho Carioca, Dener, Djalminha, Sérgio Araujo...

Zelão foi campeão mineiro nos anos de 1993, 94 e 97, da Copa do Brasil de 93 e das Supercopas de 91 e 92. E se sente orgulhoso de ter jogado ao lado de Dida, Roberto Carlos, Dejair, Ronaldo Fenômeno, Ademir, Paulo Nunes, Luizinho, Toninho Cerezo, Boiadeiro, Nonato, Careca, dentre outros jogadores que marcaram época.

E as resenhas com Macalé, Cleison, Jerry, essas ele nunca esquece. Zelão tem bom relacionamento com Ramon Menezes e Wellington Paulo. Trabalhou com treinadores que muito somaram em sua carreira, como Ênio Andrade, Carlos Alberto Silva, Pinheiro, Jair Pereira, Ernesto Paulo, Abel, Antônio Lopes, Cilinho, Carlos Alberto Torres, sem se esquecer dos técnicos da base, como Lincoln Alves, Silvinho, Wantuil, Rossi, Jair Bala, Baiano.