SUPER HISTÓRIAS

Edu Lima disputou o primeiro clássico com apenas 16 anos

Edu Lima, 54, ponta-esquerda, o terror dos goleiros com seu potente chute com a perna canhota

Por Wilson José
Publicado em 06 de outubro de 2019 | 03:00
 
 
Cruzeiro 1985 - Carlos Alberto, Ailton, Geraldão, Douglas, Luiz Cosme, Gomes, Robson, Quirino, Mirandinha, Eduardo Lobinho e Edu Lima Acervo pessoal Quirino

Edu Lima, 54, ponta-esquerda, o terror dos goleiros com seu potente chute com a perna canhota. Deu muito trabalho tantos em cobranças de faltas quanto de escanteios. Era bom também no pênaltis. Aprendeu a jogar na Toca da Raposa, onde teve o acompanhamento dos treinadores Lincoln Alves e Osvaldo Rossi.

Sua estreia no profissional aconteceu em um clássico contra o Atlético. Edu tinha 16 anos, era o jogador mais jovem a atuar em um clássico. Naquela data inesquecível para Edu, 21 de outubro de 1981, ele conta que o presidente Felício Brandi pediu ao treinador Didi que escalasse um time reserva, já que a renda da partida seria toda do rival. Porém, com medo de tomar uma goleada, Didi pediu para ficar fora dessa, e Cento e Nove comandou o time. A Raposa acabou vencendo por 1 a 0, com gol de Jacinto. Edu teve boa participação contra Nelinho, Reinaldo, Éder, Luizinho...

Esteve emprestado ao Palmeiras, onde trabalhou com Rubens Minelli, mas, por motivo de saúde, teve que voltar ao Cruzeiro. Em todos os clubes que jogou, ele se destacava com seu chute forte. Foi assim no Vitória, no Bahia, no Internacional, depois no Atlético, no Guarani e no Flamengo.

Artilheiro

Pelo Cruzeiro, foi campeão mineiro de 1984. No Atlético, faturou o Estadual de l991, e teve a tarefa de substituir dois ídolos: Éder e Edvaldo. Saiu-se bem fazendo gols, sendo artilheiro, e o Atlético foi às semifinais do Brasileiro contra o São Paulo e da Copa do Brasil diante do Criciúma na mesma temporada.

Passou pela seleção brasileira de juniores, com Jair Pereira e Antoninho, mas na equipe principal a concorrência era muita. Em 1997, teve uma experiência de 40 dias no futebol chinês. Ele diz que teve dificuldade com treinos em “três períodos, o clima do país, o idioma e os costumes.

Edu foi campeão na maioria dos clubes que defendeu, e ele valoriza seu talento. “O grande problema do futebol brasileiro é não ter mais o ponta, o caminho mais curto para o gol”, diz.

Sobre o momento do Cruzeiro: “Muita coisa tem que ser corrigida, e os jogadores precisam falar pouco e jogar mais. Tenho esperança de que as coisas possam se ajustar e que o clube dê alegria aos torcedores.”