SUPER HISTÓRIAS

Luciano Vieira conta com orgulho sua história

O ex-zagueiro não foi um jogador clássico, mas não era desleal, como muitos

Por Wilson José
Publicado em 27 de janeiro de 2019 | 03:00
 
 
Histórias para contar: Luciano Vieira, durante um encontro de ex-jogadores do Villa Nova, dentre eles o também ex-jogador e treinador Pirulito (no meio), no fim de 2018 Acervo pessoal de Luciano Vieira

Luciano Vieira, 70, na época de zagueiro, jogava firme, era excelente na bola aérea, tinha espírito de liderança. Ele diz que não chegava junto na marcação, mas, sim, primeiro que o atacante. Não foi um jogador clássico, mas não era desleal, como muitos.

Seu início de carreira foi no Democrata de Sete Lagoas. Depois, Luciano foi para o Villa Nova e também defendeu o América, entre os anos de 1977 e 79, tendo marcado atacantes como Tostão, Dirceu Lopes, Dario, Reinaldo, Totonho, do Villa Nova, Naim e Toinzinho, do Uberaba, dentre outros tantos talentos.

Após encerrar carreira como atleta e concluindo o curso de educação física na UFMG, Luciano foi convidado pelo diretor de futebol do Coelho, Paulo Afonso Alves da Silva, para ser treinador dos juniores. Não demorou muito, assumiu o profissional, já que era respeitado por todos no clube.

Inesquecível

Um jogo, em especial, ficou registrado não só na sua memória, mas também na de muitos americanos: goleada de 5 a 0 em cima do Cruzeiro. Luciano Vieira classifica aquele América como “arrasador” e lembra do clássico com carinho, mesmo tendo sido amistoso, no dia 18 de agosto de 1981. Wagner e Paulinho Kiss, com dois gols cada um, e Eraldo fizeram o placar de mão cheia.

“A goleada surpreendeu a todos que estavam no Mineirão, já que o Cruzeiro contava com vários jogadores de nível como Gasperin, Wagner Bacharel, Claudio Mineiro, Edmar, Carlinhos Sabiá, Eduardo”, conta.

Naquele dia, como falou o fanático torcedor do Coelho Elisio Silva Araujo, “ninguém segurava o América”.

Em 1981, Luciano Vieira foi escolhido pela imprensa como o melhor treinador da temporada, o que o encheu de orgulho.

 

Grande defensor da tradição do Estadual

Luciano Vieira trabalhou ainda como treinador no Democrata-GV e no Villa Nova, nos juniores do Atlético e no Araxá. Aceitou convite de Ilton Chaves, então treinador do Cruzeiro, para fazer parte da comissão técnica como preparador físico, ao lado do seu irmão Beto Vieira.

Teve muitas alegrias e conta que também experimentou decepções com pessoas no futebol.

Experiente, Luciano Vieira pensa que o Campeonato Estadual é importante na formação e na revelação de jogadores que podem brilhar no esporte. Diz ainda que o torneio “faz parte da tradição, está na cultura, na índole...”.

Atualmente, Luciano Vieira mora com a mulher e filhos em sua cidade natal, Pirapora, no Norte de Minas, onde acompanha bastante o futebol pela TV.