SUPER HISTÓRIAS

Raniere relembra momentos marcantes da carreira

Raniere foi se destacando e foi convocado pelo treinador Carlos César para a seleção brasileira sub-17

Por Wilson José
Publicado em 16 de dezembro de 2018 | 03:00
 
 
Formado nas categorias de base do América, Raniere defendeu também o Ipatinga Lairto Martins/Jornal Vale do Aço

Raniere, 38, deixou Itanhaém, na Bahia, quando tinha 14 anos. Ele foi descoberto pelos olheiros do América Helinho Beleza e sua esposa Lúcia e veio para o Coelho, onde passou por todas as categorias. O goleiro foi se destacando e foi convocado pelo treinador Carlos César para a seleção brasileira sub-17, tendo sido campeão mundial invicto da categoria no Egito, como reserva de Fábio.

Raniere conta que aquele foi um dos momentos mais marcantes da carreira, tendo companheiros como Ronaldinho Gaúcho, Matuzalém e Geovanni. Ele também defendeu Ipatinga em Minas Gerais, Sampaio Corrêa, Moto Clube e Imperatriz, no Maranhão, e América e ABC, no Rio Grande do Norte.

Taffarel e Dida são referências para o goleiro, que se tornou seguro, bom na saída de gol e líder dentro e fora de campo. Foram muitos títulos conquistados na base, mas ele acredita que os jogadores formados no clube têm dificuldade de jogar no time profissional, apesar de alguns serem tratados como joia rara.

Raniere foi promovido no América por Givanildo Oliveira, mas era considerado muito jovem para assumir a posição. Para Jorge Murta, conselheiro americano, “Raniere foi mal aproveitado, como aconteceu com outros jogadores”.

Saudade

O ex-goleiro do Coelho tem saudade do clube pelo qual foi campeão da Copa Sul-Minas em 2000, do Campeonato Mineiro de 2001 e da Taça Minas Gerais de 2005. Sempre atencioso, Raniere chegou a fazer uma visita ao torcedor Romeu Cheiroso, que estava enfermo, e o presenteou com uma camisa.

São muitos amigos no futebol, com quem Raniere mantém contato, como o ex-meia Ricardo e o ex-atacante Alessandro.

 

Para goleiro, Tite devia ter convocado Fábio

Sem uma boa sequência de jogos como titular do América, Raniere acabou deixando o clube. Ele admite que ficava chateado porque sempre que estava jogando acabava sendo sacado do time “para colocarem outro goleiro que julgavam mais experiente”.

Em 2016, de férias em Luxemburgo, onde foi visitar a sogra, após vários contatos, Raniere acertou com o FC BBM Sandzak.

O frio e o idioma foram as maiores dificuldades para Raniere. O preparador de goleiro Paulo Gomes afirma: “Com o seu profissionalismo, ele joga mais vinte anos”.

Colega de Fábio, do Cruzeiro, Raniere faz uma boa avaliação dos goleiros brasileiros, mas acredita que o cruzeirense deveria ter tido uma chance com o técnico Tite na Copa do Mundo deste ano, na Rússia.