TEATRO

Vida, paixão e morte de um revolucionário

PUBLICADO EM 09/04/10 - 18h04

Com 32 anos de existência, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, de Porto Alegre, é um dos grupos brasileiros que mais têm se dedicado a trabalhar o teatro de rua como manifestação política e popular. Seu mais recente espetáculo, "O Amargo Santo da Purificação - Uma Visão Alegórica e Barroca da Vida, Paixão e Morte do Revolucionário Carlos Marighella", chega a Belo Horizonte neste fim de semana.

Após terem recontado a história de Canudos em sua montagem anterior, o grupo optou por continuar a levar à cena figuras que simbolizam resistência política na história do país. Desta vez, o foco gira em torno do brasileiro Carlos Marighella, que lutou contra as ditaduras do Estado Novo, nos anos 30, e do Regime Militar, na década de 60 e 70.

"No início da década de 1980, tivemos um roteiro censurado pela ditadura que tratava da resistência armada no país. Com a retomada do projeto, elegemos o Marighella, que era considerado o inimigo número um da ditadura", pontua Tânia Farias, integrante do grupo há 15 anos.

Neste sábado (10), a trupe fará um debate dentro do projeto Sabadão, do Galpão Cine Horto, com o tema "Ói Nóis Aqui Traveiz - 30 anos: O Teatro de Rua no Brasil", às 14h.