Congresso

CGU diz que se orgulha de só ter um ministro acusado de corrupção

Ministro da Controladoria-geral da União, Wagner Rosário falou em comissão da Câmara nesta terça-feira

Ter, 05/07/22 - 19h45
O ministro da Controladoria-geral da União, Wagner Rosário | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro da Controladoria-geral da União (CGU), Wagner Rosário, falou nesta terça-feira (5) a parlamentares, na Câmara dos Deputados, sobre a suposta existência de um gabinete paralelo no Ministério da Educação (MEC). 

Segundo o ministro, é motivo de orgulho "não ter mais ninguém da alta cúpula", exceto o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro envolvido em acusações de corrupção.

“Não temos mais nenhum caso de ninguém envolvido recebendo propina, ou coisa do tipo, isso é uma coisa que nos orgulha bastante ”, disse, suavizando os efeitos do escândalo no MEC.

Também nesta terça-feira, o ministro da Educação, Victor Godoy, falou na Casa sobre o tema. Desviando das acusações, Godoy afirmou que só Ribeiro pode dizer o que aconteceu no MEC. Leia aqui.

Caso MEC

A fala de Rosário ocorreu após a divulgação de ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça Federal, nas quais Milton Ribeiro contou a uma de suas filhas que recebeu o alerta do presidente Bolsonaro de possível operação de busca e apreensão da PF.

No dia 22 de junho, Ribeiro foi de fato preso pela PF em Santos (SP), mas foi solto na tarde de 23 de junho, junto aos pastores Moura e Santos, e outros suspeitos que foram presos.

Diante das interceptações, no dia 24 de junho, a Justiça Federal em Brasília atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e devolveu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação.

No pedido, os procuradores apontaram "indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações". No STF, a relatora será a ministra Cármen Lúcia. 

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