ORÇAMENTO SECRETO

Pacheco diz que denúncia contra ele por corrupção é ‘oportunismo político’

Pacheco, Marcos do Val e Davi Alcolumbre foram denunciados por Alessandro Vieira no STF e no Conselho de Ética

Por LEVY GUIMARÃES
Publicado em 12 de julho de 2022 | 16:31
 
 
Rodrigo Pacheco responde a Alessandro Vieira

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como “oportunismo político” as denúncias do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) contra ele e os senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Marcos do Val (Podemos-ES).

Nesta terça (12), Vieira protocolou uma notícia-crime contra os três no Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-os do crime de corrupção passiva. Também entrou com uma representação no Conselho de ética do Senado, por quebra de decoro parlamentar.

“Eu considero que é fruto de um oportunismo político próprio de um período pré-eleitoral. Eu lamento isso de alguém que não é capaz de reconhecer aquilo que eu tenho buscado fazer desde que assumi a presidência do Senado, quando já existiam essas emendas de relator previstas na lei”, disse Pacheco.

As denúncias se baseiam em uma declaração, na semana passada, em que Marcos do Val relata ter recebido R$ 50 milhões das emendas de relator, chamadas de orçamento secreto, como “gratidão” por ter apoiado Pacheco na eleição para a presidência do Senado, em 2021. Alcolumbre é apontado como um articulador da benesse. Depois, do Val recuou e disse ter sido “mal-interpretado”.

Rodrigo Pacheco, que nega o termo “orçamento secreto”, se defendeu das acusações de que não estaria dando o mesmo tratamento a todos os senadores.

“Todo parlamentar que deseje ter acesso ao relator do Orçamento pode fazê-lo através dos ofícios e de cadastro, isso é aberto. Então há sim essa isonomia em relação a aqueles que desejem participar do orçamento de emendas de relator”, disse.

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