AUXÍLIO BRASIL

Renan diz que Bolsonaro acabou com Bolsa família por inveja

Senador fala classifica mudança no programa social como pura inveja e sanha destrutiva de Bolsonaro

Por Levy Guimarães
Publicado em 31 de outubro de 2021 | 17:29
 
 
ARQUIVO BRASILIA, DF, BRASIL, 09-10-2019 - O senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou a decisão do governo de acabar com o Bolsa Família para implantar o Auxílio Brasil a partir de novembro. 

Pelas redes sociais, ele lembrou ter sido o relator do projeto que criou o programa, em 2003, no governo Lula, afirmando que “pela primeira vez” os pobres foram colocados no Orçamento. Na visão do emedebista, o presidente Jair Bolsonaro deu fim ao Bolsa Família “por pura inveja e sanha destrutiva”.

“Bolsonaro acabou com o Bolsa Família, o maior programa de distribuição de renda do mundo por 18 anos. Em 2003 fui o relator do projeto. Pela primeira vez colocamos os pobres no Orçamento. Agora, por pura inveja e sanha destrutiva, Bolsonaro joga milhões de famílias na incerteza.”, publicou Renan.

Autor do relatório da CPI da Covid que pede o indiciamento de Bolsonaro por nove crimes diferentes, Renan Calheiros tem sido um opositor do governo federal. O senador mantém relação próxima com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal adversário de Bolsonaro nas eleições de 2022, como aponta a última pesquisa DATATEMPO.

Implantação do Auxílio Brasil

Apesar de já tomada a decisão de criar o Auxilio Brasil, o governo vem enfrentando dificuldades para encontrar espaço no Orçamento para financiar o programa com pagamentos de R$ 400 mensais aos beneficiários.

A principal aposta do Planalto é a PEC dos Precatórios, que parcela parte das dívidas judiciais da União em processos com trânsito em julgado. Porém, a proposta vem enfrentando forte resistência no Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tentou colocar a matéria em votação na última semana, mas desistiu devido ao baixo quórum. Ainda não se tem garantia entre parlamentares se o governo conseguirá os 308 votos necessários para aprovar a PEC.

No Senado, embora conte com a simpatia do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, a proposta também pode ter dificuldades de avançar, caso seja aprovada pelos deputados. O governo tem tido mais dificuldade de emplacar pautas de seu interesse entre os senadores.