Doorgal Andrada

Municípios sob nova direção

Capacidade, conhecimento e austeridade conquistam espaço

Por Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2021 | 03:00
 
 

No último dia 1º, tomaram posse os prefeitos e vereadores que serão responsáveis por conduzir os rumos dos 5.568 municípios brasileiros pelos próximos quatro anos. Eles terão nas mãos tarefas muito difíceis, conciliando o enfrentamento da pandemia com toda a reorganização necessária para que se restabeleçam os empregos e a atividade econômica, sem se esquecer de infraestrutura, educação, mobilidade e demais áreas que também clamam por atenção e soluções.

Em outras palavras, a pandemia é a prioridade, mas não anula os demais desafios: cidades integradas, mais humanas e desenvolvidas. Como os recursos são escassos, e não vão simplesmente brotar como semente germinada, será necessário recorrer à criatividade e à inovação para encontrarmos soluções.

Na maioria dos municípios mineiros onde acompanhei o processo eleitoral, o recado dos eleitores foi claro: chegou a vez das novas ideias, e há cada vez menos espaço para fórmulas desgastadas. A mim, ficou claro que o nível geral de preparo, de capacidade e de conhecimento da maioria dos eleitos, pelo menos nessas cidades, vem crescendo em resposta ao anseio da sociedade por uma representação mais qualificada.

É notório o número de candidatos que entenderam melhor as funções e as prerrogativas dos cargos a que se candidataram e procuraram estruturar propostas e projetos condizentes com o que podem realmente realizar. Percebi ainda que muitos dos jovens que apresentaram novas e boas ideias tiveram seu espaço, da mesma forma que aqueles que honraram seus compromissos no mandato anterior foram respeitados e, na maioria, reeleitos.

Importante que o cidadão entenda: não existem a velha e a nova política; existem a má e a boa, a desonesta e a honesta, a egoísta e a altruísta, a leviana e a séria!

Nada garante, claro, que a qualificação e a inovação serão sinônimos de mandatos bem-sucedidos, mas é animador que haja tal perspectiva de mudança e evolução. Trata-se de um processo genuíno que tomou curso há alguns anos, não de uma revolução forçada. Portanto, como sociedade, nós colheremos avanços e retrocessos no caminho de consolidação de um novo padrão para o país.

Sou testemunha do processo de mudança que se passa na própria Assembleia Legislativa de Minas Gerais, uma vez que, assim como eu, é considerável o número de deputadas e deputados que buscam um mandato eficiente e ao mesmo tempo austero, abrindo mão de auxílios e verbas sem restringir resultados na atividade parlamentar. Movimento semelhante vem ocorrendo nas Câmaras municipais e no Congresso, enquanto muitos prefeitos e governadores procuram oferecer à população o máximo resultado com o uso correto dos recursos públicos.

Ressalto, mais uma vez, que estamos longe da representatividade que sonhamos. Lamento que os bons exemplos ainda convivam com inúmeras notícias em contrário, envolvendo corrupção, clientelismo, ações em proveito próprio e outras práticas que queremos ver eliminadas, mas vejo avanços e razões para otimismo com o cenário político de Minas.

Cabe-nos como sociedade – e a mim, especialmente, como deputado – apoiar e contribuir para que esse movimento se consolide e para que os novos mandatários consigam encontrar e implementar as devidas soluções almejadas. Ninguém fará nada sozinho. Precisamos da ampla participação dos cidadãos, de maneira consciente e sem extremismos, para que tenhamos sucesso. Sejamos todos agentes da mudança!