Eleições

Doria evita 'fissuras' no PSDB

Prefeito paulista diz que esse é o motivo para ele não apresentar sua pré-candidatura à Presidência

Por Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2017 | 03:00
 
 
João Doria afirmou em entrevista que a conjuntura política até a eleição vai formatar seu desejo de pleitear a Presidência ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 20.7.2017

RIO DE JANEIRO. O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), evitou firmar uma pré-candidatura à Presidência em 2018 para “evitar fissuras” com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e com o partido, ao qual é filiado desde 2001. Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, exibida na noite dessa segunda-feira (18) no SBT, Doria deixou clara a possibilidade de concorrer e defendeu “pesquisas e prévias” como forma democrática de escolher o líder da chapa tucana.

O prefeito teceu elogios ao governador e destacou a relação de amizade de 37 anos entre os dois. Ainda assim, explicou que a conjuntura política até a eleição vai formatar seu desejo de pleitear a Presidência. No entanto, Doria evitou qualquer oficialização da disputa.

“Olha, quem não gostaria de ser presidente do Brasil? (...) Qualquer pessoa gostaria disso. Uma coisa é desejar, outra coisa é formalizar, estabelecer a sua própria rota, o seu caminho.(...) Eu não quero, em função de manifestações, criar fissuras e principalmente arranhões ao governador, e principalmente nessa relação fluida e boa que tínhamos, temos e vamos continuar a ter. E também não quero fissuras dentro do próprio PSDB”, reforçou Doria.

O prefeito foi questionado se concordava com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), atual presidente da sigla, para quem Alckmin está na frente como candidato. “Eu prefiro a posição do presidente Fernando Henrique, sem desmerecer o senador Tasso Jereissati. A posição do presidente Fernando Henrique foi esta: ‘Olha, o governador tem mais tempo e, consequentemente, preferência, mas não basta isso’”, defendeu o prefeito.

Doria aposta em prévias e pesquisa para “ajudar o PSDB a ter uma decisão mais acertada em uma campanha difícil”. Se for preciso, ele disse que pode disputar prévias no partido. “Eu não sou contra as prévias, nem poderia ser contra. Eu sou filho das prévias”, argumentou. Mas o prefeito desconversou se pode aceitar o convite de outras legendas para concorrer ao Planalto, caso não seja o nome escolhido pelo PSDB.

“Não se pode precipitar previsões e antecipá-las. Deve-se analisar de acordo com o momento e a circunstância. Primeiro, eu não anunciei nenhuma pré-candidatura até agora (...). Mas não houve nenhuma formalização oficial, aberta, pública. Então, é preciso tratar isso com atenção. O que é importante? É preservar esse arco de alianças”, declarou o prefeito.