General Felício

Marco Antônio Felício é General do Exército e PhD em ciência política e estratégia

Marco Antônio Felício

OMS: organização política

Publicado em: Dom, 05/04/20 - 03h00

Como sempre, aproveitando-se das últimas declarações do presidente Bolsonaro acerca da volta ao trabalho por parte da população ativa em vez de um completo “isolamento social” – preocupado que ele está com a situação econômica atual do Brasil e com o pós-pandemia –, parte da imprensa, tendo à frente a Rede Globo (chamada de “Rede Lixo”), o massacrou, tentando colocá-lo em confronto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seu diretor geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Assim, tal imprensa difundiu que Bolsonaro passa vergonha perante a comunidade internacional, pois editou nota assinada pelo dirigente da OMS, um “líder mundial”, e disso se aproveitou para justificar as suas próprias declarações, ditas contrárias às do diretor geral da organização. A maioria dos governadores brasileiros apoiou a OMS, visando a seus interesses políticos individuais, esquecendo-se dos interesses da nação.

São sempre os mesmos jornalistas, hipócritas e ignorantes, pois não sabem o que falam. Aquele ao qual se referem como um “líder mundial” não passa de um ativista e guerrilheiro comunista, partícipe de cruenta ditadura na Etiópia como ministro de governo. É acusado de não ter respeitado os direitos humanos quando ocupava a pasta. É cercado na OMS de bandidos oriundos de ditaduras africanas.

É essa a OMS que quer impor nefastas regras ao nosso país, o que é apoiado e facilitado pela ignorância de tais jornalistas e de pretensas lideranças brasileiras que as levam a aceitar como verdade incontestável o que diz a Organização Mundial da Saúde, embora seja um organismo político e não trate de ciência. Atuando contra Bolsonaro, o irresponsável presidente do Senado declara à imprensa que temos a séria obrigação de seguir tudo o que a OMS está mandando fazer durante a atual pandemia.

Esbanjando insensatez – também desejando desmoralizar Bolsonaro –, o ministro do Supremo Gilmar Mendes afirmou: “As orientações da OMS devem ser rigorosamente seguidas por nós”. “Não podemos nos dar ao luxo da insensatez”. Esquecem que temos gente competente e que nossos problemas requerem soluções adequadas às especificidades do país, embora não desprezemos as experiências vindas de fora quando pertinentes.

A realidade é que a OMS não passa de uma agência política, um órgão da ONU e que não preza democracias. O seu diretor não é médico e é acusado de ter sido incompetente em situações semelhantes ocorridas na África, tendo sido responsável por milhares de mortes durante o problema Ebola naquele continente. Foi eleito diretor geral da OMS sob pressão e interesse do governo chinês.

No início desta pandemia, a entidade ajudou o governo comunista da China a esconder o que acontecia. Durante quatro semanas inteiras, ainda em dezembro de 2019, com a virose sendo intensamente disseminada, a China se recusou a admitir a existência de qualquer problema na cidade de Wuhan. A posição da OMS foi dar apoio pleno ao governo da China e ao que ele determinou internamente. Qualquer dúvida quanto à pandemia foi considerada “preconceito” e “racismo”.

Embora a imprensa negue e deturpe, o diretor da OMS mudou o discurso após a reação de Bolsonaro, dando-lhe razão, em seu último pronunciamento, admitindo, então, que o vírus se comporta de formas diferentes em determinados países, e salientou a impossibilidade do "lockdown" em um mundo onde as pessoas precisam, nas palavras dele, "ganhar o pão de cada dia". Posicionou-se, portanto, pela análise particular das necessidades, de acordo com o contágio em cada local.

Como breve conclusão, parte de nossas lideranças, entre elas a nossa classe política – estando inclusa a maioria dos governadores, em oposição a Bolsonaro –, sob o discurso demagógico de "cuidar" da população, em verdade, em hora de grave crise, coloca os seus interesses pessoais e partidários acima dos interesses da nação.

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