Pai e filho

Ele não deu o exemplo, mas garantiu a vacina, diz Flávio sobre Bolsonaro

Filho do presidente diz que médico deve ter orientado que o pai não precisa ser imunizado no momento

Sex, 15/10/21 - 12h25
Filho do presidente acredita que denúncia não será aceita pela Justiça | Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado

Filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que, apesar de o pai não ter dado o exemplo pessoal de tomar a vacina, ele garantiu o imunizante à população brasleira e deve receber o agradecimento da população. Segundo Flávio Bolsonaro, a decisão do presidente de não tomar as doses da vacina é momentânea e deve ter se dado por orientação médica. As declarações foram dadas em entrevista à "CNN Brasil", ao comentar acusações feitas pela CPI da Covid-19 no Senado.

"O fato de ele agora ter anunciado que pretende se vacinar, ele pode ter falado isso nesse momento, porque ele está imunizado. Os anticorpos dele estão muito fortes, presentes. Então, o médico dele deve ter orientado dessa forma, que ele, nesse momento, não precisa tomar vacina. Eu, por exemplo, tomei minha segunda dose ontem. Já tive Covid, tomei a primeira dose, esperei passar o tempo correto, tomei a segunda dose aqui em Brasília. Então, como ele sempre falou. É uma liberrdade de cada um. Cada um toma se quiser. Ele está optando, nesse momento, por não tomar. Eu sou filho, optei por tomar a vacina. A esposa dele, a primeira-dama (Michele) optou por tomar a vacina. Então, quem dera se todos os brasileiros seguissem o exemplo ndo presidente da República", disse Flávio Bolsonaro, que tomou a segunda dose da vacina nesta quinta-feira (14).

Após fazer ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo que se a população seguisse o exemplo do petista seria "cachaceira" e "ladra", ele completou: "Nesse caso do Bolsonaro, apesar de ele não dar o exemplo como pessoa física, ele dá garantia a todos que queiram ser imunizados ter ela à disposição", afirmou.

Na entrevista, ele defendeu as posições do governo na pandemia e, a despeito das críticas e resistências de Bolsonaro à compra de imunizantes - como quando rejeitou por várias vezes adquirir os imunizantes da Pfizer - destacou que o país está muito bem em relação à campanha de imunização.

"Já tem mais de 65% da população adulta completamente vacinada. Isso é ser genocida? Todo mundo que está me assistindo agora e está tomando vacina agradeça ao presidente Bolsonaro. Agradeça a ele. Todas as vacinas, sem exceção, que foram compradas e aplicadas no Brasil foram viabilizadas pelo governo Bolsonaro. Aí discute se ele tinha que ter sido mais ágil ou menos ágil. O fato é o seguinte: a primeira dose no mundo que foi aplicada foi no dia 8 de dezembro (de 2020) na Inglaterra. No dia 17 de janeiro (de 2021), a primeira pessoa já estava sendo vacinada no Brasil. Imediatamente após a Anvisa conceder o uso emergencial da vacina que foi a Coronavac a primeira a ser aplicada", disse.

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