Crise econômica

Mercado reduz projeção do PIB do Brasil pela 10ª vez consecutiva

Já para 2022, a projeção de expansão do PIB continuou em 0,50%, depois de 10 semanas de deterioração contínua, segundo o Relatório de Mercado Focus

Por Renato Alves
Publicado em 20 de dezembro de 2021 | 10:04
 
 
Governo eleva projeção do PIB em 2021 de 3,2% para 3,5% Foto: Pixabay

O mercado reduziu pela 10ª vez seguida a expectativa para o crescimento da economia brasileira neste ano, segundo o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Banco Central. Segundo a pesquisa realizada com uma centena de economistas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 4,58% em 2021, redução significativa ante a expectativa de alta de 4,65% na semana anterior. Há quatro semanas, estava em 4,80%. 

Já para 2022, a projeção de expansão do PIB continuou em 0,50%, depois de 10 semanas de deterioração contínua. Há um mês, estava em 0,70%.

Considerando apenas as 33 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2021 passou de 4,56% para 4,50%. Para 2022, por sua vez, a expectativa subiu de 0,36% para 0,50%, considerando as 33 atualizações nos últimos cinco dias úteis.

Para 2023, a projeção de crescimento passou de 1,90% para 1,85%, de 2,00% há um mês. Para 2024, a estimativa seguiu em 2,00%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.

O Focus também mostrou que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 caiu de 58,95% para 58,90%. Há um mês, estava em 59,60%. Para 2022, a expectativa continuou em 63,00%, mesmo porcentual de um mês atrás.

O relatório trouxe ainda manutenção na relação entre o déficit primário e o PIB deste ano, em 0,60%. No caso de 2022, a estimativa passou de 1,20% para 1,10%. Há um mês, os porcentuais estavam em 0,70% e 1,20%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 passou de 5,70% para 5,60%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, variou de 7,10% para 7,15%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 5,80% e 6,70%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros

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