Direitos Humanos

Ex-ministros vão ao STF para Bolsonaro explicar acusação de pedofilia

Presidente associou secretários de governos anteriores com crime de pedofilia. Declarações atingem a honra e a reputação

Seg, 25/10/21 - 20h16
Bolsonaro voltou a criticar restrições na pandemia | Foto: Reprodução

Dez ex-integrantes da pasta de Direitos Humanos acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente Jair Bolsonaro explique declarações que associa o grupo à pedofilia. O relator do pedido é o ministro Luís Roberto Barroso. 

Em um evento na Igreja Batista Central de Brasília, em 5 de outubro, Bolsonaro fez discurso em que disse: “Quem lembra o que era o Ministério dos Direitos Humanos? Quem eram as pessoas que já ocuparam aquele ministério? Como uma, por exemplo, que tinha lá um site chamado ‘Humaniza Redes’, que era… que incentivava a pedofilia. Dizia que o pedófilo era um doente, [que] devia ser entregue para um hospital, e não ser levado a uma delegacia”. 

De acordo com os ex-titulares da pasta do Ministério dos Direitos Humanos, o presidente atingiu a honra e reputação de todos “numa só tacada”. Eles dizem que Bolsonaro imputou “conivência e estímulo a comportamento dotado de relevante reprovação social”, no caso, pedofilia.

Os ex-ministros e ex-secretários listaram questões para que Bolsonaro explique, por exemplo, se tem fatos concretos que sustentam a afirmação e se sabe informar se os ex-ministros foram processados por tal crime. 

Assinam o pedido: Gilberto José Spler Vargas, Ideli Salvatti, José Gregori, Maria do Rosário, Mário Mamede Filho, Nilmário de Miranda, Nilma Lino Gomes, Paulo Sérgio Pinheiro, Paulo Vannuchi e Rogério Sottili. 

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