Laura Serrano

O radicalismo nunca foi bom conselheiro

Defesa do equilíbrio, do diálogo e do Estado liberal

Por Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2020 | 03:00
 
 

Radicais brasileiros de esquerda e de direita, que preferem o confronto político inócuo ao debate de ideias que tragam resultados para a população, costumam acusar um grupo ao outro como sendo defensores das ditaduras de Hugo Chávez ou de Augusto Pinochet e disputar qual dos caudilhos mais fez mal à humanidade.

A disputa, infelizmente, termina praticamente empatada. A ditadura militar chilena, mesmo com alguns avanços na área econômica, durou 17 anos, foi caracterizada pela supressão sistemática de partidos políticos e pela perseguição a dissidentes que deixou mais de 3.000 mortos ou desaparecidos, torturou milhares de prisioneiros e forçou 200 mil chilenos a partirem para o exílio.

Já o regime ditatorial venezuelano teve início em 1999, com a vitória de Hugo Chávez, e permanece até hoje sob Nicolás Maduro. Nesses 21 anos, a economia entrou em colapso, com recordes mundiais de inflação e desemprego.

Cerca de 89% da população venezuelana perdeu pelo menos 11 kg devido à falta de alimentação adequada. A taxa de homicídios é considerada uma crise de violência endêmica. A miséria e a perseguição aos adversários políticos fizeram com que mais de 2 milhões de pessoas deixassem o país rumo ao exterior, milhares deles para o Brasil.

São dois exemplos de como o radicalismo, qualquer que seja seu matiz ideológico, é prejudicial à democracia e aos cidadãos. A responsabilidade do bom agente público é, acima de tudo, com as pessoas. Por isso, eu, que prezo o ideário liberal, defendo o equilíbrio e o diálogo como a melhor forma de se fazer política.

Não se pode confundir essa posição com ser “centrista”, “isentão” ou descompromissado com os temas polêmicos importantes. Ser liberal é repudiar o totalitarismo e a intervenção estatal excessiva na vida das pessoas. É agir com responsabilidade e ter como foco de atuação propor as melhores soluções para a sociedade, aquelas que geram maior resultado com menor custo.

É isso que busco em minha atuação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na qual tenho conseguido cumprir o compromisso de fazer mais com menos.

É a mesma lógica que rege o governo de Romeu Zema, meu colega de Partido Novo, que abre portas e constrói pontes com diferentes interlocutores em busca do objetivo de reconstruir um Estado devastado por governos corruptos e ineficientes e prover o melhor possível à população mineira.

Um Estado liberal, como defendido por mim e pelo governador, tem que focar o que é essencial à população: educação, saúde e segurança. O respeito ao dinheiro público é fundamental, como tenho demonstrado por meio da economia de R$ 2,5 milhões no meu primeiro ano de mandato.

Mas a austeridade não pode ser um fim em si mesma. O objetivo maior é melhorar a vida das pessoas sem comprometer a responsabilidade fiscal, que é o que o nosso governo vem fazendo.

As melhores decisões, como demonstra a história, sempre vêm do desejado equilíbrio.