Marcus Pestana

Um Novo Rumo para o Brasil

Oportunidade de debater os temas que interessam à população

Por Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2021 | 03:00
 
 

A liberdade e a democracia são valores universais, inegociáveis e imprescindíveis. A liberdade é pilar essencial da natureza humana. É de certa forma surpreendente e inacreditável que um país vivencie uma pandemia com quase 600 mil mortes; esteja vendo a inflação sair de controle, com a perda do poder de compra dos assalariados; tenha milhões de desempregados, desalentados, subempregados e miseráveis; enfrente uma monumental crise hídrica e energética; veja a tênue recuperação da economia ir pelo ralo; e, ao mesmo tempo, testemunhe uma manifestação de cerca de 2 milhões de brasileiros indo às ruas em torno de uma pauta exótica, descolada do mundo real, pedindo o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o restabelecimento do voto impresso, questão já decidida pelo Congresso Nacional.
Nossa democracia experimenta o mais longo período de existência em toda a história do Brasil. São 37 anos. A democracia brasileira contemporânea tem suas raízes na resistência democrática, na luta pela anistia, na Campanha das Diretas, na vitória de Tancredo e na Constituição de 1988. Um dos mais belos discursos pronunciados no Congresso certamente foi o de Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, em 5 de outubro de 1988, na promulgação da nova Constituição, cheia de ensinamentos úteis para o grave momento que vivemos. As novas gerações deveriam resgatá-lo e ler com atenção cada linha.
Disse Ulysses Guimarães: “A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério. A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia. Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, promulgamos o estatuto do homem, da liberdade e da democracia, bradamos por imposição de sua honra: temos ódio à ditadura. Ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania”.
As coisas não vão bem. A democracia voltou a ser ameaçada. A polarização radical e estéril não nos levará a bom porto. Se as coisas não vão bem, na abertura das comemorações dos 200 anos da Independência, é hora de começar a pensar um novo rumo para o Brasil.
É em função disso que os partidos políticos Cidadania, DEM, MDB e PSDB se uniram, por meio de suas fundações e institutos de estudos e pesquisas, para promover, de 15 a 27 de setembro, o seminário Novo Rumo, sempre às 18h30, que você poderá assistir no site www.seminarionovorumo.com.br, que discutirá os temas que realmente interessam à população. Ex-presidentes da República, ex-ministros, especialistas debaterão o futuro do país.
A mesa de abertura será na quarta-feira, dia 15 de setembro, com o tema central neste momento “Crise institucional e democracia”, com a participação do ex-ministro e ex-presidente do STF Nelson Jobim e dos ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e José Sarney.
Tenho convicção de que a maior parte do povo brasileiro não aposta na radicalização e no confronto, e sim no diálogo. Vamos juntos pavimentar os caminhos para o Brasil superar a presente crise e construir seu novo rumo.