Nos últimos dias, os corredores e o plenário da Câmara Federal começaram a ficar mais movimentados. Mesmo com o número de casos de coronavírus em constante ascensão, os parlamentares estão comparecendo mais ao Legislativo e acreditam que, em agosto, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai ser “obrigado” a voltar  minimamente com as atividades presenciais no local.

Os políticos avaliam que as sessões remotas agora estão tratando de temas que não têm vínculo direto com a Covid-19, o que perderia a justificativa de que o trabalho precisa continuar sendo remoto. Além de exaurir os assuntos relacionados ao vírus, parlamentares com quem a coluna conversou afirmaram que os deputados já estão impacientes e a pressão para a volta da nova "normalidade” cresceu.

Outra aposta dos parlamentares é de que se as atividades não retornarem ao “normal” até agosto, o ano já está completamente perdido. Isso por conta das eleições municipais, que foram adiadas para o mês de novembro – 15 e 29 de novembro, primeiro e segundo turnos, respectivamente. “Me diz quem vai baixar em Brasília em dezembro? Aí pode considerar realmente um ano perdido. E aí só ano que vem”, resumiu um líder mineiro.

Nos tapetes azuis

Enquanto isso, no Senado os líderes estudam não ter recesso em julho, que as votações da segunda quinzena de julho e agosto sejam realizadas nas quartas e quintas, e há um movimento para que, a partir do dia 15 de agosto, as sessões sejam presenciais. Contudo, se o número de casos da Covid-19 continuar aumentando, essa ideia pode ser adiada para setembro. Na Casa a pressão por participar das eleições municipais é menor.