Nos corredores do Congresso Nacional, alguns parlamentares com a língua bastante afiada dizem que, mesmo sem cargo eletivo, a ex-deputada federal Raquel Muniz (PSD) continua mais presente em Brasília do que muitos dos colegas da bancada mineira em exercício. Seja em reuniões no plenário ou nas comissões da Câmara, em eventos partidários ou em qualquer conversa pela Casa, a mineira faz questão de não passar despercebida.

Nas eleições de 2018, ela conseguiu 45.338 votos e ficou como oitava suplente da coligação. Raquel também está ajudando, em Brasília, o marido, Ruy Muniz. Ele pretende disputar o comando da Prefeitura de Montes Claros, cidade que já chefiou. O político foi afastado do cargo pela Justiça por ter sido acusado de participar de esquemas de corrupção.

Raquel ficou conhecida durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Ela gritou “sim, sim, sim” pelo afastamento da petista: “Meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito. E o prefeito de Montes Claros mostra isso todo dia com a sua gestão”. Mas, no dia seguinte, Ruy foi preso pela Polícia Federal.