No meio político, a aposta é que o governo de Minas Gerais vai voltar a ser como na gestão de Fernando Pimentel (PT) pelo menos no que se refere na relação entre governador e vice. A expectativa é de que fique ainda mais claro o rompimento entre Romeu Zema (Novo) e Paulo Brant, que deixou nesta quarta-feira (12) a legenda do governador.
No último governo, Pimentel e o vice, Antonio Andrade, tinham uma relação conturbada e se alfinetavam publicamente.
Segundo informações de bastidores, Brant está totalmente desidratado no Estado. As pessoas de confiança dele do primeiro escalão deixaram o Executivo, como Marcelo Matte que pediu exoneração da chefia da pasta de Cultura; Bilac Pinto (DEM) solicitou a exoneração da Secretaria de Governo e, antes disso, Custódio Mattos, que ocupava a mesma cadeira do parlamentar do DEM, já havia caído.
Há um receio no grupo de Brant de que o último nome forte da ala dele, que é o secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Otto Levy, também peça demissão do governo. Essa, inclusive, é uma hipótese que ganhou força nas últimas horas.
Além disso, braço-direito de Otto, a secretária-adjunta da Seplag, Luísa Barreto deve deixar a administração estadual nos próximos meses para concorrer à Prefeitura de Belo Horizonte pelo PSDB.
Outro que já tem a queda dada como certa é o secretário-adjunto de Governo, José Geraldo de Oliveira Prado. Ele era o número dois na pasta de Bilac.
Do outro lado
Com essa conjuntura, quem ganha força no governo é o grupo do partido Novo, com membros da legenda interferindo diretamente na gestão, Gustavo Barbosa na Secretária da Fazenda, e Igor Eto, atual secretário-geral do Estado, que teve o nome confirmado nesta quinta-feira para ocupar o lugar de Bilac.