Compromisso

Ministro da Infraestrutura afirma que expansão do metrô de BH ‘não morreu’

Mesmo com a desconfiança sobre a antiga promessa, ele declarou que o projeto continua sendo prioridade para o governo federal

Por Fransciny Alves/Thaís Mota
Publicado em 23 de fevereiro de 2021 | 18:02
 
 
Tarcísio de Freitas Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, voltou a fazer, nesta terça-feira (23), um compromisso com parlamentares mineiros sobre a construção da linha 2 do metrô de Belo Horizonte. Mesmo com a desconfiança sobre a antiga promessa, ele declarou que o projeto “não morreu” e continua sendo prioridade para o governo federal. 

Freitas não quis conceder entrevista após se encontrar, em Brasília, com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e os senadores Antonio Anatasia (PSD-MG) e Carlos Viana (PSD-MG), e outros representantes do Estado. 

Foi relatado à coluna que o ministro explicou que o foco agora é dar andamento à destatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), braço do governo federal que atualmente administra a linha existente. Assim, seria criada uma empresa independente, cujo nome inicial seria CBTU Minas, que vai receber o capital necessário para as obras do metrô. 

O intuito é que essa fase seja finalizada até o final do ano. Após a falta  de previsão orçamentária impedir que o R$ 1,2 bilhão da multa de acordo da Ferrovia Centro-Atlântica fosse destinado para a ampliação do trecho, Freitas garantiu aos parlamentares que agora vai ser diferente. Dessa vez, já teria sido articulado com o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Os recursos sairiam do Tesouro Nacional, mas de diferentes rubricas: acordo com a Vale em função do rompimento de barragens e títulos públicos para o mercado. Além disso, está incluída na negociação que uma das contrapartidas na oferta da concessão à iniciativa privada será a entrega de áreas públicas da União, como o aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste da capital mineira. 

Após a desestatização do metrô, vai ser possível realizar o leilão. A empresa vencedora vai ser responsável pela manutenção da linha já existente e a construir o trecho 2, entre o bairro Calafate, na região Oeste da capital, e a região do Barreiro. O intuito é que essa nova linha tenha sete estações e atenda cerca de 120 mil passageiros por dia.

A promessa de expansão do metrô já completou 20 anos e voltou à tona no último ano, novamente em ano de eleições municipais. O trecho existente tem a mesma estrutura de 18 anos atrás. São 19 estações em uma extensão de 28,2 km, entre Vilarinho, na região de Venda Nova, e Eldorado, em Contagem. 

Ao final da reunião, Pacheco disse que o ministro ressaltou que esse é um compromisso do ministério e acredita que isso pode ser feito nos próximos meses.  Na mesma linha, o governador de Minas contou que o ministro assegurou que a questão vai ser resolvida: “O ministro garantiu que o metrô vai sair. Vai ser feita uma cisão da CBTU, criando a CBTU Minas, que vai receber o capital a ser aplicado no metrô, aquele de R$1,2 bilhão que está reservado para a execução dessa obra”, declarou Zema.