Antes odiado pela maioria da bancada mineira na Câmara Federal, agora tem parlamentar de olho numa aproximação com o colega André Janones (Avante-MG) por mais que, nos bastidores, a língua continue afiada.
Este ano não começou nada bem para Janones. Ele enfrentou um processo de “fritação” no Legislativo, respondendo por processo de quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética por chamar os colegas de Parlamento de “vagabundos” e “canalhas”.
Após o mineiro recuar um pouco nas críticas, o caso acabou sendo arquivado, em março. Ele até mesmo ganhou vários elogios por, segundo os deputados, ter entendido o cuidado que precisa ter nas palavras.
Na ocasião, Janones havia dito que a postura combativa iria continuar, mas como ofender o Parlamento é ofendê-lo, iria se policiar para encontrar o equilíbrio e sem distribuir pancadas para todo lados. Só que não foi bem isso que aconteceu.
Em 1º de setembro, uma live dele defendendo a manutenção do auxílio emergencial em R$ 600 foi o vídeo mais comentado e compartilhado em todo o mundo naquela terça-feira. Até agora, foram cerca de 4 milhões de views, 185 mil comentários e 309 mil compartilhamentos. E isso talvez tenha permitido que ele continuasse a distribuir críticas contra os colegas, principalmente em relação ao benefício nas redes sociais.
Mas, se antes isso poderia gerar motivo para representação contra Janones, agora há uma certa conformação com o “jeito” dele. Porém, isso não quer dizer que o deputado vai ter projetos aprovados.
“Não adianta. Brigar contra Janones vai ser se queimar com o Brasil. Passou da hora de entender que política também se faz nas redes sociais. Claro que as coisas para ele aqui não vão ser fáceis, duvido que projetos que sejam aprovados até porque é preciso tomar cuidado para ele não ser tido aí como o ‘salvador da Pátria’. Mas que vai ter deputado aí querendo surfar junto e ser amigo da onça, isso vai”, resumiu um membro da bancada mineira.
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