O ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu que os autores do massacre no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, fiquem "recolhidos para sempre em presídios federais".
A defesa ocorreu durante uma postagem em seu perfil no Twitter nesta segunda-feira (29). A publicação ocorre após 52 presos serem assassinados dentro do presídio.
“O MJSP está agindo para auxiliar o Governo do Pará diante da rebelião em presídio em Altamira. De imediato, vamos disponibilizar vagas em presídios federais para isolar os responsáveis pela barbárie. Na minha opinião, deveriam ficar recolhidos para sempre em presídios federais”, opinou Moro no Twitter.
O MJSP está agindo para auxiliar o Governo do Pará diante da rebelião em presídio em Altamira. De imediato, vamos disponibilizar vagas em presídios federais para isolar os responsáveis pela barbárie. Na minha opinião, deveriam ficar recolhidos para sempre em presídios federais.
O MJSP está agindo para auxiliar o Governo do Pará diante da rebelião em presídio em Altamira. De imediato, vamos disponibilizar vagas em presídios federais para isolar os responsáveis pela barbárie. Na minha opinião, deveriam ficar recolhidos para sempre em presídios federais.
— Sergio Moro (@SF_Moro) July 29, 2019Sergio Moro informou, por meio de nota, que disponibilizou vagas em penitenciárias federais para que sejam transferidas e isoladas as lideranças criminosas envolvidas na rebelião em presídio no Pará que deixou ao menos 52 mortos nesta manhã. Ele ordenou "a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de prontidão".
O ministro informou que conversou com o governador do Pará, Helder Barbalho, e que uma reunião de emergência foi marcada com o secretário Nacional de Segurança Pública Adjunto, Freibergue Rubem do Nascimento; secretário-Adjunto da Secretaria de Operações Integradas, José Washington Luiz Santos; o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo; o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado; e diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional, Fabiano Bordignon.
As mortes no centro prisional de Altamira ocorreram durante brigas entre facções rivais que tentam controlar o presídio da cidade, segundo a Susipe, órgão que administra o sistema prisional do estado. Durante a rebelião, dois agentes foram mantidos reféns, mas foram liberados no final desta manhã após uma longa negociação mediada por policiais civis, militares e promotores de Justiça.
Confira na íntegra a nota do ministro
O Ministério da Justiça e Segurança Pública disponibilizou vagas no Sistema Penitenciário Federal para transferência e isolamento das lideranças criminosas envolvidas na rebelião que aconteceu na manhã desta segunda-feira (29), no Centro de Recuperação Regional de Altamira e deixou mais de 50 mortos. O ministro Sergio Moro lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de prontidão.
O ministro da Justiça acompanha de perto a situação e conversou com o governador do Pará, Helder Barbalho, ainda na manhã desta segunda. No início da tarde foi realizada uma reunião de emergência para tratar do assunto com o secretário Nacional de Segurança Pública Adjunto, Freibergue Rubem do Nascimento; secretário-Adjunto da Secretaria de Operações Integradas, José Washington Luiz Santos; o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo; o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado; e diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional, Fabiano Bordignon.